Na manhã desta quarta-feira (10/01), durante entrevista ao programa Painel DM, o prefeito Márcio Corrêa analisou obras deixadas pela gestão anterior, comandada por Roberto Naves (Republicanos). Entre os destaques está a polêmica Ponte Estaiada, que prometia conectar as avenidas Brasil Sul e Pedro Ludovico, ligando os bairros Morumbi e Polocentro. No entanto, a conclusão do projeto está comprometida. “A Prefeitura não tem dinheiro para finalizar essa obra”, declarou Corrêa.
Segundo o prefeito, a situação fiscal do município em janeiro é crítica, com um déficit significativo e poucos recursos disponíveis. Ele destacou que os empréstimos realizados pela gestão anterior foram praticamente esgotados em obras, incluindo a Ponte Estaiada, que, de acordo com ele, poderia ter sido realizada com 50% do valor investido caso tivesse outro formato.
Dinheiro do empréstimo esgotado
O projeto da Ponte Estaiada foi uma das obras mais emblemáticas do programa Anápolis Investe, lançado por Roberto Naves. Com um orçamento de R$ 125 milhões obtido por meio de empréstimo junto à Caixa Econômica Federal (CEF), a obra não foi concluída e, segundo levantamento da comissão de transição, está longe de atingir a metade do necessário para ser finalizada.
De acordo com Márcio Corrêa, a prioridade de sua gestão será reavaliar o que é essencial para os anapolinos, considerando o cenário de endividamento deixado pelo governo anterior.
Controvérsias e investigações
Desde seu anúncio, em dezembro de 2023, a Ponte Estaiada tem gerado debates e investigações. O Ministério Público de Goiás (MPGO) chegou a abrir uma apuração para verificar possíveis irregularidades e casos de superfaturamento na execução do contrato. Além disso, críticas sobre o elevado custo e a lentidão na obra marcaram a gestão passada.
A promessa inicial era que o projeto ajudaria a desafogar o trânsito nas principais vias de ligação da cidade, mas o cenário atual indica que o desafio para concluir a obra será um dos grandes testes para a nova administração.
O futuro da Ponte Estaiada
Sem recursos suficientes para seguir com o projeto em seu formato original, a Prefeitura agora avalia alternativas para destinar os recursos públicos de forma mais eficiente. “A obra, como foi pensada, consumiu muito mais do que deveria. Precisamos priorizar o que realmente faz diferença na vida das pessoas”, concluiu Márcio Corrêa.
FONTE: Redação
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