Morreu, aos 17 anos, a adolescente Yasmim Gabrielle Amaral, que ficou conhecida nacionalmente há alguns anos por suas apresentações musicais no Programa Raul Gil, no SBT. Ela também participava do quadro Eu e as Crianças e teve inúmeros momentos divertidos com o apresentador – ela o chamava de ‘vovô Raul’.
A informação da morte da ex-caloura mirim foi confirmada por familiares e amigos da jovem. Ainda segundo eles, ela tinha depressão. No Facebook, dezenas de pessoas próximas a Yasmim, deixaram suas homenagens. “Vocês sabem o que é depressão? Pra quem não sabe ou acha que sabe, é uma doença muito grave que atinge o autoestima, psicológico e o emocional das pessoas“, escreveu Luis Gabriel, amigo de Yasmim Gabrielle.
Outros amigos e fãs da jovem também lamentaram o ocorrido. “Não consigo acreditar que você se foi. Yasmim Gabrielle. Vou te guardar sempre no coração”, disse uma internauta. Já outra escreveu: “Hoje Deus levou você pra perto dele. Descanse em Paz”.
A última aparição de Gabrielle na TV foi no ano de 2017, numa participação especial no programa de Raul Gil, onde ela relembrou suas performances.
Em 2012, Gabrielle perdeu a mãe, vítima de um câncer. Inclusive, Raul já foi até a casa da garota, onde conversou com a mãe, que na época estava doente. A jovem também relatou que havia perdido o irmão a pouco tempo.
Pesquisa
O Brasil registrou 11.433 mortes por suicídio em 2016 – em média, um caso a cada 46 minutos. O número representa um crescimento de 2,3% em relação ao ano anterior, quando 11.178 pessoas tiraram a própria vida.
Os dados foram apresentados na manhã desta quinta-feira (20), em Brasília, pelo Ministério da Saúde.
A diretora da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Fátima Marinho, no entanto, estima que o numero seja maior. Em entrevista coletiva, ela citou “um subdiagnóstico de 20%”.
O suicídio é, hoje, a quarta causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no Brasil. Entre os homens nesta faixa etária, é o terceiro motivo mais comum; entre as mulheres, o oitavo.
As vítimas
Nos recortes apresentados pelo ministério, a maior taxa de mortes por suicídio a cada 100 mil habitantes é entre indígenas – 15,2 casos por 100 mil. Entre os homens, o número chega a 23,1; entre as mulheres, a 7,7.
De acordo com o Ministério da Saúde, 44,8% dos suicídios indígenas em 2016 ocorreram na faixa etária de 10 a 19 anos.
“Não é só no Brasil, isso [alto suicídio indígena] também ocorre nos Estados Unidos, Austrália, Nova Zelândia. Você tem várias causas e vários determinantes que são muito mais complexos do que o da população não indígena”, afirmou Fátima.
A taxa de suicídio a cada 100 mil habitantes chegou a 9,2 entre os homens, um aumento de 28% em uma década (veja no gráfico abaixo). Entre as mulheres, a taxa é de 2,4.