Veja quem são as principais vítimas de acidentes de trânsito em Anápolis

Dados nacionais revelam que mais de 60% das vítimas fatais no trânsito no primeiro semestre deste ano eram motociclistas. Em Anápolis, a situação não é diferente, com os condutores de moto sofrendo a maior parte das lesões e acidentes fatais. Segundo o delegado titular da Delegacia de Crimes de Trânsito (DICT) de Anápolis, Manoel Vanderic, tanto os motoristas de carro quanto os motociclistas possuem culpa concorrente nos acidentes de trânsito.

O delegado Vanderic destaca que existe um cabo de guerra entre motoristas de carro e motociclistas, cada um acusando o outro de violar as regras de trânsito. É observada uma culpa concorrente por parte dos motociclistas que infringem regras como excesso de velocidade, uso ilegal dos corredores e desrespeito aos sinais, assim como por parte dos motoristas de carro que não respeitam as prioridades e preferências dos motociclistas.

Um aspecto preocupante é o número de trabalhadores no exercício da profissão, como entregadores de delivery, que estão entre as vítimas de acidentes de trânsito em Anápolis. O delegado ressalta que não apenas esses profissionais, mas motociclistas e condutores de veículos em geral não respeitam as regras de trânsito e colocam suas próprias vidas em risco. O uso de celulares durante a condução também é um comportamento comum e perigoso entre esses condutores.

Segundo dados da Confederação Nacional do Transporte (CNT), somente em 2022, foram registrados 64.447 acidentes nas rodovias federais, com 52.948 vítimas fatais ou não. No entanto, o delegado Vanderic acredita que essas estatísticas são subestimadas, devido à reduzida equipe destinada à área de trânsito, não incluindo casos de óbito no hospital.

O delegado ressalta que o trânsito deveria ser a principal preocupação dos brasileiros, pois mais de um milhão de pessoas no país sofrem algum tipo de invalidez permanente ou provisória por causa de acidentes de trânsito a cada ano. No entanto, muitos indivíduos parecem não se importar com a lei seca ou com as regras de trânsito. O delegado destaca a gravidade dessa situação e a falta de empatia e preocupação com a vida do outro durante a condução. Infelizmente, os motociclistas são as principais vítimas desse cenário caótico nas estradas.

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