A relação entre o mês de nascimento e o desempenho cognitivo sempre despertou curiosidade. Embora essa data não determine inteligência ou futuro, a ciência continua revelando, cada vez mais, padrões consistentes sobre como a sazonalidade interfere, de maneira sutil, no desenvolvimento neurológico.
COMO O MÊS DE NASCIMENTO PODE INFLUENCIAR A COGNIÇÃO?
Diversos estudos em epidemiologia, neurociência e saúde materna indicam que, ao longo da gestação, fatores ambientais mudam conforme a estação do ano. Esses fatores acabam afetando, ainda nas primeiras fases da formação cerebral, a forma como o bebê se desenvolve.
Entre os elementos mais citados pelos pesquisadores, aparecem:
- Exposição solar e vitamina D da mãe, que variam de acordo com a estação e influenciam o desenvolvimento neurológico do feto.
- Dieta materna e disponibilidade de nutrientes, que mudam conforme a época do ano.
- Incidência de infecções sazonais, que alteram o bem-estar da gestante em momentos críticos.
- Temperatura e clima, que influenciam rotinas, imunidade e até a qualidade do sono da mãe.
À medida que essas variáveis se combinam, elas criam condições que podem gerar pequenas diferenças no ritmo de maturação do cérebro infantil — o que, consequentemente, interfere no desempenho cognitivo nos primeiros anos.
POR QUE AGOSTO E SETEMBRO GANHAM DESTAQUE?
Ao analisar grandes grupos populacionais, muitos estudos apontam agosto e setembro como meses associados a um desempenho escolar geralmente melhor. Isso ocorre, principalmente, em países e regiões onde o ano letivo começa justamente nesse período.
No entanto, esse diferencial não tem relação com astrologia. O principal motivo aparece nas salas de aula: crianças nascidas nesses meses costumam ser as mais velhas da turma.
Essa diferença de poucos meses faz grande impacto, porque tende a oferecer vantagens claras:
- mais maturidade neurológica, já que o cérebro teve mais tempo para se desenvolver;
- melhor controle emocional, o que facilita concentração e adaptação escolar;
- vantagem inicial de aprendizado, que, muitas vezes, cria um efeito acumulativo ao longo dos anos.
Assim, a vantagem não vem do mês em si, mas da diferença de idade entre colegas que cursam a mesma série.
O QUE ISSO REALMENTE SIGNIFICA?
Apesar dessas tendências populacionais, especialistas reforçam que nenhum mês define a inteligência de uma criança. Afinal, fatores como estímulos familiares, qualidade da escola, alimentação, sono, rotina e saúde emocional continuam influenciando muito mais do que qualquer variável sazonal.
Por isso, embora a ciência reconheça certas correlações, cada indivíduo segue um caminho único, que não depende apenas da data de nascimento.
Fonte: Redação
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