O Brasil continua sendo, sem dúvidas, a terra das Marias, Josés, Silvas e Santos. De acordo com dados divulgados nesta terça-feira (4) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o nome Maria segue firme como o mais popular entre os brasileiros. No total, 12,3 milhões de pessoas receberam esse nome, o que representa 6,05% da população.
NOMES MAIS POPULARES DO PAÍS
O levantamento faz parte do projeto “Nomes do Brasil”, que agora utiliza informações atualizadas do Censo 2022. Nesta nova edição, o estudo inclui também os sobrenomes mais comuns, ampliando a compreensão sobre como os brasileiros se identificam. Além disso, a plataforma interativa do IBGE permite consultar a frequência de cada nome, sua concentração geográfica e o período em que se tornou mais popular.
Entre os homens, José lidera com 5,1 milhões de registros, seguido por João, Antônio, Francisco e Pedro. Por outro lado, entre as mulheres, o nome Ana aparece em segundo lugar, com quase 4 milhões de ocorrências. Dessa forma, tanto os nomes masculinos quanto os femininos revelam uma forte ligação com as tradições religiosas e familiares do país.
Nas cidades cearenses de Morrinhos e Bela Cruz, por exemplo, essa tradição é ainda mais forte. Nessas localidades, 22% da população se chama Maria, o que reforça a presença histórica do nome e sua importância cultural.
SOBRENOMES QUE MARCARAM A HISTÓRIA BRASILEIRA
Quando o assunto são os sobrenomes, o Brasil mantém a tradição. O Silva continua ocupando o topo da lista, com 34 milhões de registros, o que corresponde a 16,7% dos brasileiros. Logo depois aparecem Santos, com 21,3 milhões, e Oliveira, com 11,7 milhões.
Em muitos municípios de Pernambuco e Alagoas, mais de 60% dos habitantes carregam o sobrenome Silva, o que demonstra o quanto ele se enraizou na história e nas relações familiares do país. Além disso, o levantamento mostra que esses sobrenomes estão presentes em praticamente todas as regiões, o que reforça sua força simbólica e emocional.
NOMES MODERNOS GANHAM ESPAÇO
Embora os nomes clássicos ainda dominem o ranking nacional, o IBGE observou mudanças significativas nas últimas décadas. Cada vez mais, os brasileiros escolhem nomes curtos e modernos para os filhos. Entre os exemplos mais populares estão Gael, Ravi e Valentina, que cresceram rapidamente no número de registros.
Entre 2020 e 2022, 96,5 mil crianças receberam o nome Gael, enquanto na década de 2000 havia apenas 763 registros. Esse salto impressionante mostra claramente como o gosto dos brasileiros mudou, buscando originalidade e sonoridade mais contemporânea.
Além disso, o auge das Marias ocorreu entre 1960 e 1969, quando 2,5 milhões de meninas receberam o nome. No entanto, entre 2020 e 2022, esse número caiu para 517 mil, o que indica uma mudança gradual nas preferências e uma renovação natural das tradições.
UM RETRATO DA IDENTIDADE NACIONAL
O IBGE identificou mais de 140 mil nomes e 200 mil sobrenomes em circulação no país. O estudo também esclarece que o instituto não diferencia variações simples, como Tamara e Tâmara, mas contabiliza separadamente nomes com grafias diferentes, como Ana e Anna ou Luís e Luiz.
Além disso, a ferramenta “Nomes do Brasil” está disponível no site do IBGE, permitindo que qualquer pessoa descubra quantos brasileiros compartilham o mesmo nome e em quais regiões eles se concentram. Assim, o público pode, ao mesmo tempo, satisfazer a curiosidade e compreender melhor como os nomes refletem a fé, a história e a diversidade cultural do país.
Com isso, o levantamento não apenas revela números, mas também conta uma história sobre tradição, mudança e identidade — temas que continuam definindo o Brasil de geração em geração.
Fonte: Redação
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