Para muitos brasileiros, as festas de fim de ano representam celebração, renovação e esperança para o ciclo que se inicia. No entanto, muitas pessoas enfrentam estresse, exaustão física e emocional e, ainda, um forte desânimo. Esse desgaste costuma surgir principalmente pela pressão de comprar presentes, organizar encontros familiares e controlar os gastos que se acumulam rapidamente, e geram a famosa dezembrite.
O que é a “Dezembrite”?
Especialistas chamam esse comportamento de “Dezembrite”, termo cada vez mais associado à conhecida síndrome do fim de ano. Conforme profissionais da saúde explicam, esse período provoca um aumento expressivo na procura por atendimento psicológico, já que as demandas emocionais se intensificam com a chegada de dezembro.
Por que dezembro gera mais tensão?
De acordo com a International Stress Management Association (ISMA), o mês de dezembro se torna mais tenso do que qualquer outro. Entre 678 entrevistados, com idades entre 25 e 55 anos, 75% relataram irritabilidade, 70% mais ansiedade, 80% tensão física e 38% dificuldades para dormir. Esses números evidenciam como o período exige mais do organismo e da mente.
Além disso, um levantamento da American Heart Association reforça a pressão emocional dessa época: 79% das pessoas afirmam que dedicam tanto esforço para criar momentos especiais para os outros que acabam esquecendo de si mesmas, enquanto 71% se arrependem, todos os anos, por não reservarem tempo para relaxar e se divertir.
Quais são os gatilhos do estresse?
Segundo a psiquiatra Dra. Danielle Admoni, professora da Afya Educação Médica São Paulo, vários fatores atuam ao mesmo tempo. Ela explica que o fim do ano reúne elementos que funcionam como gatilhos de estresse e ansiedade. “As pessoas fazem um balanço do ano, sentem que precisam resolver tudo imediatamente, encaram cobranças sociais sobre festas e presentes e, além disso, enfrentam pressões financeiras. Esse combo emocional reforça a sobrecarga.”
Como evitar o desgaste?
Para a especialista, o caminho começa pelo autocuidado. Ela ressalta que, apesar das festividades, dezembro não oferece uma pausa mágica para os problemas. “A saúde mental continua existindo e precisa de atenção. Quem enfrenta a ‘Dezembrite’ precisa aprender a dizer ‘não’, reduzir compromissos e priorizar atividades que realmente tragam bem-estar. Essa escolha transforma o fim de ano em um período mais leve e saudável.”
Fonte: Redação
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