Não faz muito tempo, apenas pessoas excêntricas e líderes de seitas gritavam que “o fim do mundo está próximo”. A frase, repetida por décadas, soava como um clichê sombrio e até engraçado.
No entanto, o cenário mudou de forma radical. Agora, quem emite os alertas não são mais profetas apocalípticos, mas sim cientistas altamente respeitados. Eles apontam para diversas ameaças existenciais: armas nucleares, mudanças climáticas fora de controle, vírus artificiais e até inteligências artificiais hostis capazes de criar super-armas, segundo o Daily Mail.

Previsões de especialistas
De acordo com o futurólogo Toby Ord, da Universidade de Oxford, a humanidade pode desaparecer em até 75 anos em um colapso cataclísmico da civilização. Já seu colega Nick Bostrom mostra-se ainda mais pessimista e acredita que a extinção pode ocorrer dentro do próximo século.
Além disso, o escritor Jared Diamond, vencedor do Prêmio Pulitzer, vai além e afirma que a chance de sobrevivência da espécie além de 2050 – ou seja, daqui a apenas 25 anos – é de somente 50%.
Civilizações sempre colapsam
O acadêmico Luke Kemp, da Universidade de Cambridge, reforça outro ponto importante: todas as sociedades humanas entram em colapso em algum momento. Para ele, impérios se sustentam na ganância insustentável e em líderes que favorecem elites em detrimento da maioria.
Assim, corrupção, desigualdade, degradação ambiental e instabilidade política abrem espaço para tragédias. Nesses cenários, eventos que poderiam ser superados em contextos estáveis – como secas, incêndios ou pandemias – acabam se tornando fatais.
Novas ameaças globais
Na década de 1950, o mundo temia principalmente as armas nucleares. Esse perigo continua existindo, pois cerca de 10 mil ogivas permanecem em poder de potências como Estados Unidos, Rússia, China, Índia, Paquistão, Israel, Coreia do Norte, França e Reino Unido.
Entretanto, os riscos se multiplicaram. Hoje, pandemias modernas podem se espalhar de forma muito mais rápida por causa das viagens aéreas. Além disso, a mudança climática avança em ritmo dez vezes maior que o aquecimento global que provocou a maior extinção em massa da Terra, há 252 milhões de anos.
Não por acaso, em 2023, centenas de cientistas e executivos de gigantes da tecnologia – incluindo o Google DeepMind – alertaram para o risco de uma IA hostil capaz de escravizar ou até aniquilar a humanidade.
Extinção em números
Um desastre global que destruísse telecomunicações e cadeias de alimentos mergulharia a civilização no caos. Para ilustrar, Kemp cita o Evento Carrington de 1859, quando explosões solares eletromagnéticas atingiram a Terra. Se algo semelhante acontecer hoje, satélites, internet, bancos, sistemas de saúde e transportes poderiam colapsar completamente.
As melhores estimativas indicam que esse tipo de evento tem 20,3% de chance por década – ou seja, 50% até meados deste século.
Bilionários e seus bunkers
Enquanto a maioria da população vive a incerteza, bilionários já planejam a própria sobrevivência. O cofundador do PayPal, Peter Thiel, comprou uma imensa propriedade na Nova Zelândia para servir como refúgio. O país é visto como relativamente protegido em caso de guerra nuclear ou pandemia.
O CEO da OpenAI, Sam Altman, também revelou que possui um acordo com Thiel: se houver sinais de colapso social, ambos embarcariam em um jato particular rumo ao bunker.
Assim, a chamada “indústria do apocalipse” cresce cada vez mais, movimentando fortunas com mansões subterrâneas de luxo que contam até com piscinas, adegas e fazendas hidropônicas.
Pobres podem resistir mais
Por outro lado, alguns especialistas acreditam que os pobres podem ter mais chances de sobrevivência. Em países ricos, altamente dependentes de importações, um colapso industrial levaria rapidamente à fome. No entanto, agricultores de subsistência em regiões como a África, menos dependentes de químicos agrícolas, poderiam manter parte da produção de alimentos.
Mudança climática e migrações em massa
Se as emissões de gases continuarem elevadas, até 2 bilhões de pessoas viverão em regiões com temperaturas acima de 29°C até 2070. Isso forçará migrações em massa para áreas mais frias e devastará ainda mais a agricultura global.
Soluções perigosas
Entre as propostas mais debatidas está a injeção de aerossóis estratosféricos. A técnica consiste em bombear substâncias químicas, como dióxido de enxofre, para refletir a luz solar. Esse método poderia conter o aquecimento global. No entanto, traria riscos imprevisíveis para os padrões de chuva e exigiria manutenção permanente.
Se essa estratégia falhar, o planeta pode aquecer em ritmo ainda mais acelerado do que já ocorre desde a Revolução Industrial. Nesse caso, o temido “fim do mundo” deixaria de ser apenas metáfora para se transformar em realidade.
Fonte: Redação
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