Francisco Costa Rocha, conhecido como Chico Picadinho, espalhou pânico e, portanto, tornou-se sinônimo de crueldade em São Paulo nas décadas de 1960 e 1970. Ele matou e, além disso, esquartejou duas mulheres, assim conquistando notoriedade nacional. Por isso, ganhou o apelido macabro que o acompanha até hoje. Atualmente, aos 82 anos, ele acumula quase cinco décadas de prisão e, portanto, continua confinado no Hospital de Custódia e Tratamento de Taubaté, unidade destinada a presos com graves transtornos mentais.

Tentativas de liberdade sem sucesso
Chico Picadinho tentou sair da prisão diversas vezes, mas, infelizmente, falhou em todas. Este ano, completou a 20ª tentativa ao pedir o fim da medida de segurança que o mantém recluso. No entanto, o Tribunal de Justiça de São Paulo rejeitou o pedido. Segundo laudos médicos, ele possui psicopatia incurável e, por isso, representa risco permanente à sociedade. Além disso, não há cura nem perspectiva de melhora; consequentemente, qualquer liberdade poderia levá-lo a novos crimes.
O primeiro assassinato
O primeiro crime ocorreu em 1966, quando ele tinha 24 anos. Ele estrangulou a bailarina austríaca Margareth Suida, após uma noite de sexo e álcool, e depois cortou o corpo em pedaços com uma lâmina de barbear. Em seguida, tentou se livrar dos restos em uma mala e no vaso sanitário. Condenado a 18 anos de prisão, cumpriu apenas oito, portanto mantendo o padrão de perigo.
Retorno à violência
Após sair da prisão em 1974, voltou a matar em 1976. A vítima foi a prostituta Ângela de Souza e Silva. Ele repetiu a brutalidade: estrangulou e retalhou a mulher no próprio apartamento. Logo depois, um ex-detento denunciou o crime. Ele recebeu mais 20 anos de condenação. Em 1998, a Justiça decretou sua interdição permanente, mantendo-o sob custódia, pois representava risco à sociedade. Assim, a lei garantiu que ele permanecesse isolado.
Rotina na prisão
No Hospital de Custódia, Francisco segue uma rotina rígida e controlada. Pela manhã, vai à biblioteca, onde passa o dia lendo, ouvindo rádio ou pintando. Além disso, organiza os livros e supervisiona empréstimos para outros detentos. À tarde, retorna à cela às 16h e, às 17h, é trancado. Consequentemente, o contato com outros presos é limitado e sempre supervisionado, o que mantém disciplina e segurança.
Vida solitária e comportamento
Chico Picadinho não recebe visitas há cerca de 20 anos e, portanto, não participa de atividades coletivas. Ele mantém poucos vínculos afetivos, está surdo e depende de aparelhos auditivos. Além disso, apresenta cabelos brancos e está acima do peso. No entanto, mantém lucidez total e comportamento calmo. Assim, observa a rotina sem causar problemas, ajudando a manter a ordem na unidade.
Legado e fascínio
Ao mesmo tempo que sua história assusta, ela também fascina. Chico Picadinho representa um exemplo extremo de psicopatia. Mesmo após décadas, seus crimes continuam marcando a memória coletiva. Por isso, o caso mantém viva a discussão sobre medidas de segurança, liberdade condicional e gestão de criminosos com transtornos mentais graves. Portanto, reforça a importância do acompanhamento contínuo e do monitoramento permanente de detentos com alto risco social.
Fonte: Redação
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