Nem sempre o mercado automotivo reconhece veículos que entregam mais do que prometem. Apesar dos avanços em tecnologia, desempenho e segurança, alguns modelos de carros ainda carregam preconceitos antigos, reflexos de falhas passadas ou da fama negativa de suas montadoras.
O setor automotivo brasileiro vive um momento de recuperação. De acordo com dados da Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), as vendas de veículos novos cresceram 15% em 2024, totalizando 2,65 milhões de unidades. A produção também aumentou 10,7%, e o setor emprega cerca de 1,3 milhão de pessoas. No entanto, mesmo com esses números positivos, certos carros continuam subestimados, embora ofereçam tecnologia, conforto e desempenho de ponta.
Chevrolet Tracker — o estigma da correia banhada a óleo
O Tracker se mantém entre os SUVs compactos mais vendidos do país, mas ainda sofre com a má fama causada pela antiga correia banhada a óleo. Esse problema gerou desconfiança entre consumidores e marcou a reputação do modelo.
Atualmente, a linha 2026 possui uma correia totalmente redesenhada e mais resistente, com garantia estendida para 240 mil quilômetros. Além disso, tanto a versão 1.0 turbo quanto a 1.2 turbo apresentam bom desempenho, consumo eficiente e um dos pacotes de conectividade mais completos do segmento. Apesar de todas essas melhorias, muitos motoristas ainda se apegam à imagem antiga do Tracker.
Renault Duster 1.3 Turbo — força e espaço subestimados
O Renault Duster Iconic Plus 2025, equipado com motor 1.3 turbo desenvolvido em parceria com a Mercedes-Benz, entrega 170 cavalos de potência, desempenho consistente e câmbio CVT confiável.
Além do desempenho, o SUV oferece amplo espaço interno e um pacote de segurança robusto, incluindo assistentes de condução e boa estabilidade. Apesar dessas qualidades, o Duster ainda sofre com a percepção de ser um carro “simples”, o que não condiz com sua evolução técnica e tecnológica.
Citroën C4 Cactus — injustiçado pelo passado da marca
Mesmo tendo saído de linha no Brasil, o Citroën C4 Cactus continua equilibrado em termos de conforto e desempenho. O motor 1.6 aspirado de 118 cv, aliado ao câmbio automático de seis marchas, proporciona direção suave, econômica e confiável, compartilhando tecnologia com outros modelos da Peugeot e Citroën.
O problema principal é o preconceito histórico com a marca, que ainda afasta compradores e prejudica o valor de revenda. No entanto, quem dirige o Cactus reconhece seu bom desempenho urbano, design original e confiabilidade mecânica.
Novo Peugeot 2008 — um SUV maduro que ainda sofre com o passado
A nova geração do Peugeot 2008 2025 mostra evolução e maturidade. O motor 1.0 turbo de 130 cv, combinado com câmbio CVT, oferece desempenho eficiente e manutenção com baixo custo, alinhando-se às exigências do mercado brasileiro.
Apesar disso, o SUV ainda carrega o impacto da má avaliação de uma versão básica no Latin NCAP, que não incluía airbags laterais. As versões mais completas corrigiram o problema e oferecem um dos melhores pacotes de segurança da categoria. O novo 2008 demonstra que a Peugeot vive uma nova fase no Brasil, focada em confiabilidade, eficiência e custo-benefício.
Mesmo com a boa performance e avanços técnicos, esses quatro modelos continuam sendo injustamente subestimados. Para quem busca carros modernos, seguros e com bom desempenho, eles representam ótimas escolhas, superando a má reputação herdada do passado.
Fonte: Redação
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