Com o intuito de debater sobre o uso medicinal de remédios derivados da maconha, o curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera de Anápolis realizará neste sábado (30) o I Fórum Científico, com o tema ‘Cannabis Medicinal’. O evento acontecerá no auditório do Colégio Auxillium e contará com a participação da família de Anny Bortoli Fischer, a menina de apenas cinco anos que ficou conhecida em todo país por utilizar a planta no tratamento da Síndrome CDKL5.
Em abril do ano passado, a família Fischer conseguiu o direito de adquirir o medicamento Canabidiol (CBD), derivado da maconha, sem a retenção na importação pela Anvisa, já que o mesmo é proibido no Brasil. A doença rara da pequena Anny ocasiona crises convulsivas graves e atraso intenso no desenvolvimento, podendo causar retardo mental e dificuldade de controle motor, sem possibilidade de cura.
“Esse é um assunto polêmico e de interesse para toda a comunidade acadêmica e demais profissionais. Com essa ação, nós queremos que os alunos tenham mais que uma experiência complementar fora de sala de aula, mas que reflitam sobre o tema e, principalmente, sobre a realidade dos pacientes”, explica o professor Eduardo Silva Sardinha Lisboa, coordenador do curso na Anhanguera de Anápolis.
Anny Bortoli
Após a repercussão do caso Anny Bortoli, em janeiro deste ano, a Anvisa realizou a 1ª Reunião Aberta ao Público da Diretoria Colegiada de 2015, que entre outros assuntos, estava na pauta a reclassificação do canabinóide Canabidiol – CBD, na portaria que aprova o regulamento técnico sobre substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial. O medicamento encontra-se agora na lista C1 (substâncias sujeitas a controle especial) e ainda são importados, contudo a sensação de ilegalidade deixou de existir para médicos e pacientes que necessitam da medicação, além de proporcionar maior facilidade em pesquisas clínicas.
Texto: Publica Marketing Digital com informações do Jornal Contexto.