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“Por que taxar o pobre e não o cara que vai no free shop e gasta US$ 1.000?”, diz Lula

O imbróglio em torno da taxação das compras internacionais parece não ter se encerrado, mesmo com a aprovação do projeto de lei que estabeleceu uma taxa de 20% para produtos de até US$ 50 adquiridos em sites estrangeiros. Nesta terça-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) questionou a tributação dos itens, dizendo que o imposto prejudica os mais pobres.

“Por que taxar US$ 50? Por que taxar o pobre e não taxar o cara que vai no ‘free shop’ e gasta US$ 1.000?”, disse Lula sobre a chamada “taxa das blusinhas”.

O presidente afirmou que essa divergência motivou o veto que havia feito inicialmente ao tópico presente no Projeto Mover – que trata sobre incentivos à indústria automobilística do país.

“É apenas uma questão de consideração com o povo mais humilde desse país? Então, essa foi a minha divergência, por isso que vetei. Eu vetei, depois houve uma tentativa de fazer acordo, houve acordo, e eu assumi o compromisso com o Haddad de que eu aceitaria colocar o PIS-Cofins para a gente cobrar, que dá mais ou menos 20%”, afirmou.

Campos Neto

Ainda na entrevista e, às vésperas da decisão do Copom, o presidente Lula acusou o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, de trabalhar para prejudicar o país, argumentando que o comportamento da autarquia é a única “coisa desajustada” no Brasil no momento.

“É o comportamento do Banco Central. Essa é uma coisa desajustada. Um presidente do BC que não demonstra nenhuma capacidade de autonomia, que tem lado político, e que, na minha opinião, trabalha muito mais para prejudicar o país do que para ajudar o país. Não tem explicação a taxa de juros do jeito que está”, disse o presidente.

Lula também ironizou a presença de Campos Neto em um jantar promovido pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), no Palácio dos Bandeirantes, ocorrido na última segunda-feira (10).

Gastos em pauta

O presidente Lula indicou que nada está descartado pelo governo em relação ao ajuste das contas públicas, mas argumentou que a equipe econômica precisa apresentar a necessidade de cortes de despesas.

Em entrevista à Rádio CBN, Lula afirmou que o problema do país é o fato de os “ricos” se apoderarem do orçamento da União com isenções fiscais e desonerações, dizendo que existem isenções feitas sem contrapartida para o mundo do trabalho.

*com informações de Lucas Schroeder, da CNN.

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