Superintendente em Saúde diz que pessoas não voltaram para 2ª dose

No Brasil, apesar do ritmo de vacinação contra Covid-19 estar avançando, ainda é baixo o percentual de pessoas totalmente imunizadas, ou seja, com as duas doses da vacina aplicadas – ou o imunizante único. A superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Flúvia Amorim, disse que aproximadamente 168 mil pessoas não compareceram para a segunda dose no Estado, o que preocupa, já que a circulação do vírus e disseminação de novas variantes ainda é crescente.

Com isso, a alta de ocupação nas UTIs e mortes pela doença tendem a ser maior. Nesta segunda-feira (26), o Estado registrou um índice de 84,51% de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) ocupadas.

“Isso causa um problema. Primeiro, individual para a própria pessoa, porque ela está deixando de se proteger e está retardando a proteção. Mas também, o problema coletivo, porque quanto menos pessoas imunizadas, maior é a chance de aumento de casos graves e de óbitos”, adverte.

Estudos
Segundo Flúvia, estudos mostram que para conseguir um impacto considerável n a redução de taxa de ocupação de leitos de UTI, de óbitos, e de transmissão é necessário vacinar pelo menos de 70% a 80% da população. “Se essas pessoas vão deixando de se vacinar, demora mais a chegar nesse percentual de 80% e mais ainda a ter o impacto esperado.”

“Para todas as vacinas, exceto a da Janssen- que é dose única –, para se ter imunidade, a proteção máxima, é preciso tomar as duas doses. Uma só não resolve. E aquela imunidade de rebanho que são os 80% da população vacinada, quando eu falo vacinada, é completamente vacinada”, reforça.

(…)

O médico infectologista Marcelo Daher também acredita que o não comparecimento possa causar riscos coletivos, além dos individuais. “Os riscos são enormes. A gente sabe que, quanto mais pessoas vacinadas menor é a circulação do vírus, isso falando em coletivamente. Individualmente, falando quando as pessoas têm as duas doses, a proteção é maior”, disse.

Fonte: Mais Goiás

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