Acontece neste final de semana, de 11 a 13 de março, o primeiro Encontro Anapolino de Teatro. O evento – que é aberto ao grande público – terá apresentações teatrais, oficinas, programação infantil, mesa redonda, performances, cineteatro e sarau.
O encontro surgiu com a finalidade de profissionalizar a arte teatral em Anápolis. “A gente percebe que na cidade os movimentos são muito espontâneos e sinceros porém ainda de nível amador. Eles precisam se encontrar e a classe artística se unir para produzir mais”, defende o idealizador do projeto, o ator Felipe Brum. Ele explica que a conferência vem para dialogar com estas frentes que já fazem teatro no município, como as escolas do SESC e da prefeitura por exemplo. “Eles estão participando como parceiros e os alunos vão assistir às oficinas a fim de se aprimorarem”, revela Felipe.
A programação começa na sexta-feira com uma recepção só para convidados e a apresentação de uma cena da Confraria de Elefantes de São Paulo e pocket show de músicos locais. No sábado e domingo acontecem oficinas de expressão corporal e vocal para iniciantes, de forma gratuita, e também de composição para profissionais com mais de dois anos de atuação.
No sábado, o Parque Ipiranga vira palco às 17h45 com um espetáculo infantil circense e à meia noite com um ciclo de performances. No domingo o encerramento terá sarau no espaço Joana D’arc, que acontece logo após a sessão de Cineteatro com o espetáculo shakespeariano Romeu e Julieta. “Esta montagem feita em 1992 pelo grupo galpão e dirigida por Gabriel Vilella foi uma das obras mais reconhecidas do teatro nacional, tendo sido a única a se apresentar em língua portuguesa no próprio teatro de Shakespeare, o Globe Theatre em Londres”, conta o produtor.
Um dos momentos mais importantes para a classe artística, acontece às 21 horas no sábado, o bate-papo com o tema central do encontro: “A cidade entre o artista e o público”. A mesa redonda vai reunir autoridades e representantes das diversas entidades participantes, além de artistas de Anápolis, Goiânia e Brasília com o intuito de problematizar o município quanto ao fazer teatral e cultural. “Um espaço onde nós, os proponentes, fazedores de teatro, vamos conversar sobre as especificidades locais, como é produzir aqui, os meios de buscar patrocínio e fazer obras de qualidade. Além de como unir forças para produzir mais”, completa.
Iniciativa – A ação é do Instituto Sattwa, uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip) que nasceu do ideal de oportunizar à uma maior camada da sociedade conceitos de medicina alternativa, saúde, bem estar e cultura, baseado na compreensão do ser humano em sua integralidade.
O organização sem fins de lucro aproveita a data para inaugurar oficialmente seu braço cultural – o teatro MAE (Manifesto Arte Evolução). “Ele chega para ser um espaço de pesquisa teatral que vai oferecer cursos e espetáculos”, diz Felipe.
O idealizador explica ainda que o evento só foi possível porque a instituição recebeu apoio dos setores público e, principalmente, privado. “Cada vez mais os empresários estão se conscientizando de que também são parte fundamental para o fomento cultural e educacional.” O ator diz ainda que a cultura é um meio de divulgação que traz resultados imediatos pras empresas além de uma forma de mostrar que acredita no futuro da cidade.
“Esta é apenas a primeira de muitas iniciativas. Chegamos com a intenção e com a força de trabalho para ser um espaço permanente de teatro”, comenta o ator que cresceu em Anápolis, iniciou carreira em Goiânia, se formou no Rio de Janeiro, onde protagonizou vários espetáculos, antes de seguir a vida profissional em São Paulo. Hoje se divide entre projetos nestas capitais e aqui.
I ENCONTRO ANAPOLINO DE TEATRO
Data: 11, 12 e 13 de Março
Local: Teatro MAE – Instituto Sattwa
Rua Benedito Borges de Almeida, 252, Jundiaí
Informações: 3701 3315 e 8128 8727
Inscrições: [email protected]
Fonte: Roberta (62) 8138 5405