Série “O Prazer é Meu” busca entender o que move o desejo sexual

O que te dá tesão? Essa pergunta — que não tem resposta certa — pode tirar o sono de muita gente, além de ser objeto de estudo de várias áreas de pesquisa. Com o objetivo de entender o que move o desejo sexual, nasceu a série documental O Prazer é Meu, exibida pelo GNT e Globoplay desde o dia 8 deste mês.

O projeto é narrado pela atriz Mariana Xavier, conhecida pelo papel em Minha Mãe é uma Peça, e tenta chegar ao cerne da questão de como o prazer foi negad poro às mulheres ao longo da história.

A trama tem produção de Amana Cine e é comandada por Mariana Genescá. Ao Metrópoles, ela comentou que a iniciativa surgiu com uma ideia de Eliza Capai, diretora e parceira criativa.

“Estamos, ainda, precisando brigar por espaço para falar sobre educação sexual; e sobre sobrecarga mental das mulheres, com jornadas duplas, triplas, não remuneradas; sobre violências de gênero e violências obstétricas… São tantas questões que atravessam esse tema, para além do prazer sexual em si, que nos mostram que precisamos ainda de muito espaço pra falar disso”, reforça Mariana.

Com cinco episódios, O Prazer é Meu intercala entrevistas com estudiosas e depoimentos de mulheres e animações, numa abordagem simples e sensível de um tema delicado.

Prazer é saúde!

A produção também aborda a importância da saúde sexual. “Eu aprendi com a Fátima Oladejo, ginecologista maravilhosa, que ter uma vida sexual satisfatória é saúde. Não é um detalhe, não é um luxo”, salienta Mariana.

Produzir sobre prazer

Diretora da série, Eliza Capai comenta que a ideia teve início em 2021, enquanto vivia um luto. “Naquele momento, surgiu uma vontade de me reconectar com o próprio desejo, com a vida; um tesão de uma forma ampla”, recorda. “Foi um processo muito bonito, pessoalmente. A série me reconectou e me levou a outros prazeres. O prazer do corpo, a compreensão do prazer e de uma forma mais ampla o prazer da existência.”

Eliza aponta que, durante a produção, a equipe de fato mergulhou nessa busca por prazeres. “Todo mundo mergulhou, tanto pela curiosidade como por rever a própria forma de estar no mundo, e isso foi muito potente.”

Prazer em ser mulher

A diretora acrescenta que a produção aborda a importância do clitóris e de outros questionamentos pouco explorados socialmente.

“Culturalmente, somos massacrados sobre esse desejo que nem percebemos que está ali, ou, realmente, paramos de senti-lo por uma questão cultural”, aponta Eliza. “Há uma condenação cultural ao corpo da mulher e isso faz com que tenhamos menos orgasmos e nos sujeitemos a situações sociais reais.”

A série, então, incentiva essa autoinvestigação do corpo e dos prazeres.

 

FONTE: Metrópoles

Quer receber em primeira mão nossas principais notícias e reportagens?

Mais lidas

da semana

Fique por dentro