A Associação dos Deficientes Físicos do Estado de Goiás (Adfego) acredita que a afirmação do ministro da Educação, Milton Ribeiro, de que alunos com deficiência “atrapalham os demais”, sugerindo que recebam atendimento escolar separado, é um “retrocesso e estimula exclusão da pessoa com deficiência”. A Adfego diz que o contato entre crianças diferentes é importante e vai além do ensino de matérias escolares.
O advogado representante da Adfego, André Jonas, afirmaque a fala é considerada pela entidade como discriminatória. “Essa afirmação feita pelo ministro da Educação é um retrocesso e uma prática totalmente discriminatória, que acaba estimulando a exclusão da pessoa com deficiência. Nós sempre lutamos para que a pessoa com deficiência tenha uma inclusão ativa na sociedade, seja em qualquer área”, afirma.
A declaração do ministro foi feita em entrevista ao programa Sem Censura, da TV Brasil, no dia 9 de agosto e continua a repercutir.
“A própria constituição cita, que a pessoa com deficiência tem direito a uma educação de preferência no ensino regular dentro de uma sala com outras pessoas, para que realmente seja promovida essa inclusão. Quando o ministro da Educação, que tem uma pasta desse sentido levanta uma polêmica como essa é como se a Constituição fosse desrespeitada”, pontuou o advogado.
Na avaliação de André é necessário que se busque a efetivação das leis de amparo e proteção da pessoa com deficiência. “Hoje seja criança ou adolescente, adulto ou jovem a pessoa com deficiência tem buscado se qualificar, o que inclui estar presente sempre na educação”, disse.
“A pessoa com deficiência tem uma visibilidade maior e busca se qualificar para futuramente ser incluída no mercado de trabalho e pleitear qualquer vaga ou concurso com igualdade de condição com qualquer outra pessoa”, completou.
Fonte: Mais Goiás