Atualmente, embora as panelas antiaderentes estejam presentes na maioria das cozinhas, especialistas alertam para um risco que passa despercebido por muita gente. Isso porque, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), um tipo específico de frigideira pode representar ameaças importantes à saúde. O problema, aliás, está na presença do ácido perfluorooctanóico (PFOA), substância classificada como possivelmente ligada a tipos de câncer e a diversos danos ao organismo.
Para entender melhor o perigo e, sobretudo, aprender a identificar as panelas que ainda podem conter o composto, confira os detalhes a seguir.
O que é o PFOA e por que ele preocupa tanto
Para começar, o PFOA é um composto químico que, durante muitos anos, foi amplamente utilizado na produção do Teflon. Além disso, ele é conhecido como “C8” por causa de sua estrutura molecular com oito átomos de carbono. Mais ainda: integra o grupo dos chamados “produtos químicos para sempre”, justamente porque permanece no meio ambiente e no corpo humano por períodos muito longos.
Ainda na década de 1960, pesquisadores já relatavam efeitos preocupantes. Em 1961, por exemplo, estudiosos descobriram que o PFOA aumentava o tamanho do fígado em animais. No ano seguinte, inclusive, funcionários da DuPont — empresa responsável pela criação do Teflon — foram hospitalizados após inalar o produto durante o trabalho. Desde então, inúmeros estudos reforçam o alerta.
Entre os problemas associados ao composto estão:
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aumento do risco de vários tipos de câncer
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alterações metabólicas
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disfunções hepáticas e renais
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malformações fetais
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prejuízos ao desenvolvimento
Ou seja, há motivos consistentes para preocupação.
Afinal, o Teflon é perigoso?
Apesar de muitas pessoas acreditarem que o grande vilão é o Teflon, a verdade é um pouco diferente. Na prática, o risco não está no material em si, mas sim no PFOA, que por muitos anos fez parte da produção desse revestimento. Desde 2015, entretanto, a DuPont retirou o composto da fabricação.
Portanto, panelas antiaderentes modernas, quando certificadas como livres de PFOA, não apresentam perigo. O problema aparece, principalmente, em panelas mais antigas ou naquelas cuja procedência é desconhecida.
Como identificar se sua frigideira ainda contém PFOA
Para descobrir se o utensílio é seguro, é importante seguir alguns passos. Em primeiro lugar, confira a embalagem. Normalmente, panelas atuais trazem a indicação “Livre de PFOA”. Em segundo lugar, observe a data de fabricação: peças produzidas antes de 2015 têm maior probabilidade de conter o composto. Além disso, vale consultar o fabricante, caso as informações não estejam claras.
Se mesmo assim houver dúvidas, o mais indicado é substituir o item por um modelo mais novo e certificado.
Como usar panelas antiaderentes com mais segurança
Depois de identificar o tipo de revestimento, é essencial adotar cuidados no uso diário. Primeiramente, não superaqueça a panela, já que temperaturas excessivas podem liberar vapores tóxicos. Em seguida, evite o uso de esponjas abrasivas, pois elas danificam o revestimento. Além disso, não utilize utensílios de metal, que arranham e comprometem a camada antiaderente.
Com essas medidas, você preserva o utensílio, reduz riscos e mantém o preparo dos alimentos mais seguro.
Conclusão
Em resumo, embora o PFOA represente um perigo real, é totalmente possível utilizar panelas antiaderentes com segurança. Para isso, basta observar a presença do selo “Livre de PFOA”, priorizar modelos atuais e evitar hábitos que prejudiquem o revestimento. Assim, você garante uma cozinha mais segura, saudável e alinhada às recomendações das autoridades de saúde.
Fonte: Redação
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