Gordura no fígado: como reconhecer os sintomas e identificar

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A gordura no fígado, também chamada de esteatose hepática, tornou-se uma condição cada vez mais comum e, além disso, costuma evoluir de maneira silenciosa. Ainda assim, mesmo sem sintomas evidentes no início, ela pode trazer complicações importantes quando não é identificada e tratada a tempo. Por isso, reconhecer os sintomas, assim como entender os fatores de risco, torna-se essencial para evitar quadros mais graves. Dessa forma, a atenção contínua aos sinais do corpo e aos exames de rotina é fundamental para prevenir a progressão da doença.

O que é a gordura no fígado e por que ela aparece

A esteatose hepática surge quando o fígado começa a acumular uma quantidade excessiva de gordura. Como esse órgão exerce funções vitais — entre elas filtrar toxinas, auxiliar na digestão das gorduras e armazenar vitaminas — o excesso de gordura pode prejudicar seu desempenho.

Com o tempo, esse acúmulo favorece inflamações que, em alguns casos, evoluem para fibrose e cirrose. Assim, pessoas com obesidade, diabetes, hipertensão e alterações nos níveis de colesterol e triglicerídeos apresentam risco maior de desenvolver a condição.

Por que os sintomas são silenciosos

Segundo o hepatologista Rodrigo Rêgo Barros, “o fígado é um órgão silencioso e raramente dói”. Por isso, muitas pessoas só descobrem o problema durante exames de rotina. Ainda assim, existem sinais que podem indicar alterações na função hepática.

O diagnóstico geralmente inclui exames de sangue e de imagem, além da investigação de outras causas menos comuns.

Sintomas mais frequentes da gordura no fígado

Apesar de discretos, alguns sintomas costumam aparecer, principalmente quando há inflamação. Entre os principais, estão:

  • Cansaço constante
  • Dor ou desconforto leve no lado direito do abdômen
  • Enjoo e náuseas, especialmente após refeições
  • Sensação de inchaço abdominal
  • Dificuldade para digerir alimentos gordurosos
  • Alterações nas enzimas hepáticas
  • Distúrbios do sono, como insônia ou sonolência excessiva

A nutricionista Leticia Gasparetto explica que “quando o fígado inflama, suas funções ficam limitadas, e isso pode gerar cansaço, enjoo, dor abdominal e má digestão”.

Estilo de vida: o que aumenta o risco

A alimentação inadequada é um dos fatores que mais contribuem para a inflamação do fígado. Assim, o consumo frequente de:

  • Frituras
  • Açúcar
  • Ultraprocessados
  • Alimentos muito gordurosos

tende a piorar a condição.

Por outro lado, alguns alimentos ajudam a reduzir a inflamação e proteger o fígado, como:

  • Vegetais verde-escuros
  • Frutas cítricas
  • Chá verde
  • Cúrcuma e alho
  • Azeite de oliva
  • Peixes ricos em ômega-3

É possível reverter a gordura no fígado?

Sim. Quando o diagnóstico ocorre cedo e o paciente recebe orientação adequada, a esteatose hepática pode ser totalmente revertida. Para isso, é essencial adotar hábitos saudáveis, fazer acompanhamento médico e manter exames periódicos.

Se houver sintomas persistentes, desconforto abdominal ou suspeita da condição, o ideal é procurar um hepatologista e iniciar a avaliação o quanto antes.

Fonte: Redação

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