Um novo estudo apresentado na maior conferência de sono do mundo, realizada em Seattle (EUA), lança um alerta preocupante: dormir á tarde com frequência durante o dia, principalmente entre 11h e 15h, pode indicar problemas de saúde que aumentam o risco de morte entre adultos de meia-idade e idosos.
Dados apontam ligação entre sonecas e mortalidade
A pesquisa, conduzida com base em dados de mais de 86 mil participantes do Reino Unido, revelou que muitos dos indivíduos que faleceram durante o período analisado mantinham o hábito de cochilar de forma irregular e prolongada. Ou seja, o padrão de sono diurno pode refletir desequilíbrios já presentes no organismo.
Com média de 63 anos, os voluntários usaram dispositivos de pulso para monitorar o sono por uma semana. Durante esse tempo, os pesquisadores analisaram a duração, o horário e a frequência das sonecas. Ao todo, 2.950 participantes morreram, e muitos deles apresentavam cochilos mais longos e concentrados no início da tarde.
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Cochilo não é vilão, mas pode ser sinal de alerta
Apesar das associações feitas no estudo, os especialistas ressaltam que cochilar não é, necessariamente, prejudicial. Sonecas curtas — com até 30 minutos — podem reduzir a pressão arterial e aliviar a fadiga. No entanto, quando o hábito se torna excessivo ou desregulado, serve como um possível sinal de que há algo errado com a saúde.
Outras pesquisas anteriores já haviam mostrado que cochilos prolongados podem se relacionar com aumento de glicose no sangue, maior circunferência abdominal e pressão alta. Em resumo, o problema não está na soneca em si, mas no que ela pode indicar sobre a rotina e o estado físico da pessoa.
Qualidade do sono noturno continua essencial
Manter entre 7 e 9 horas de sono por noite é fundamental para preservar a saúde mental e física, segundo recomendam os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA. Dormir bem ajuda a prevenir doenças como diabetes, hipertensão, infarto e AVC.
Para isso, é importante adotar uma rotina regular: dormir e acordar nos mesmos horários, evitar eletrônicos antes de deitar, moderar o consumo de cafeína e buscar luz natural durante o dia. Com essas medidas simples, o corpo mantém seu ritmo natural, reduzindo a necessidade de cochilos longos durante o dia.
Fonte: Redação
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