A compulsão alimentar — que consiste em comer grandes quantidades de comida mesmo sem fome — surge como um desafio emocional e comportamental que impacta milhares de pessoas. Por isso, compreender suas raízes, reconhecer seus sinais e iniciar o processo de recuperação se torna essencial para quem busca qualidade de vida e saúde mental.
Compreenda de onde surge a compulsão
Antes de qualquer mudança, você precisa entender que a compulsão alimentar nasce, principalmente, de fatores emocionais. Frequentemente, ela aparece como uma tentativa de aliviar sentimentos difíceis, como ansiedade, estresse, solidão ou tristeza. Nesse momento, a comida funciona como uma válvula de escape e, portanto, cria uma sensação momentânea de conforto.
A psicóloga Vanessa Gebrim explica que esses episódios costumam acontecer de maneira intensa e acompanhados por um grande descontrole emocional. Assim, quando esses momentos ocorrem duas ou mais vezes por semana, eles caracterizam o transtorno.
Identifique os gatilhos que despertam o transtorno
Logo depois de compreender a origem, reconhecer os gatilhos se torna fundamental. Muitas pessoas acreditam que o transtorno surge de forma repentina, mas ele, na verdade, aparece após situações emocionais marcantes. Mudanças bruscas, conflitos familiares e até términos de relacionamento podem desencadear episódios de compulsão.
Além disso, quadros de ansiedade, depressão, baixa autoestima e insatisfação com o próprio corpo também influenciam esse comportamento, especialmente entre adolescentes e jovens, que ainda estão formando sua estrutura emocional.
Observe os sintomas mais comuns
A compulsão alimentar se manifesta através de sinais claros. Entre eles, aparecem comportamentos como comer rapidamente, continuar comendo mesmo após a saciedade, ingerir alimentos escondido e sentir culpa logo depois.
Esses sintomas, aliás, costumam impactar a vida social. Isso porque muitas pessoas evitam sair ou comer na frente de outras por medo de perder o controle.
Entenda como a compulsão afeta sua saúde mental
À medida que o transtorno avança, ele também afeta o bem-estar emocional. Em diversas situações, a busca por padrões estéticos inatingíveis intensifica sentimentos de inadequação, o que pode abrir espaço para outros distúrbios alimentares, como bulimia e anorexia.
Além disso, a baixa autoestima geralmente se fortalece, criando um círculo emocional difícil de quebrar.
Inicie o processo de recuperação com apoio adequado
Após reconhecer os sintomas e gatilhos, o caminho para a recuperação passa, obrigatoriamente, pela reconstrução da autoestima. Nesse processo, a psicoterapia surge como a principal aliada, já que ajuda a entender emoções, desenvolver autocontrole e ressignificar comportamentos.
Participar de grupos de apoio também se torna extremamente útil, pois você descobre que não está sozinho e encontra pessoas que compartilham dores e avanços semelhantes. Paralelamente, a presença da família e de amigos fortalece a autoconfiança e possibilita novos hábitos afetivos e comportamentais
Fonte: Redação
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