Nos últimos anos, o número de relacionamentos abertos aumentou de forma considerável. Especialistas afirmam que muitos fatores sociais e culturais levaram a uma maior adoção dos estilos de relacionamento não tradicionais. Além disso, a pandemia pode ter influenciado neste aumento.
O Tinder já permite que o usuário escolha se quer um relacionamento aberto, monogâmico ou poliamor. A novidade anunciada nessa quinta-feira (16) já está disponível no Brasil e em outros 14 países.
Intenção
Outra nova ferramenta, chamada “Intenção”, fornece um selo indicando o que a pessoa está buscando no aplicativo: “Um relacionamento sério 💘”; “Algo sério, mas vamos ver… 😍”; “Nada sério, mas depende… 🥂”; “Algo casual 🎉”; “Novas amizades 👋”; e “Ainda não sei 🤔”.
Segundo nota da empresa, os usuários já estão colocando em suas descrições que tipo de relacionamento buscam, sendo que 73% dos jovens solteiros de todos os gêneros dizem que estão procurando alguém que seja claro sobre o que deseja.
‘Vivemos a era do desamor?’
É com esse questionamento que a escritora brasileira Luciana Borges inicia o livro “Depois de Tudo, Queime”, uma coletânea de dates fracassados baseados ou livremente inspirados nas próprias experiências pelas terras populosas dos aplicativos de relacionamento.
Orientação sexual, gostos musicais, localização, religião, visão política, hobbies: os aplicativos de relacionamento permitem que seus usuários montem a “pessoa dos sonhos” através de dezenas de filtros disponíveis. Como um cardápio de restaurante, as pessoas passam por infinitas opções de desconhecidos até, finalmente, ter seu match (par, em uma tradução livre).
É assim, formando uma comunidade com milhões e milhões de usuários, que os aplicativos de relacionamento mostraram um crescimento de 215% durante o segundo ano da pandemia, de acordo com a Match Group, empresa detentora de algumas das plataformas mais populares.