Nesta segunda-feira, o Ministério de Portos e Aeroportos (Mpor) e as principais companhias aéreas do Brasil divulgaram as primeiras medidas para a redução dos preços das passagens aéreas. O enfoque do anúncio foi o aumento das promoções oferecidas. No entanto, o ministro Silvio Costa Filho admitiu que há desafios para que essas medidas se concretizem. Ele reconheceu os impactos enfrentados pelas companhias, mas se mostrou confiante de que haverá reflexo positivo no custo das passagens.
Essas medidas foram demandadas pelo Ministério às empresas. Em um anúncio à imprensa há um mês, Costa Filho afirmou que o governo já está fazendo sua parte com ações para auxiliar as companhias, e que, em contrapartida, elas deveriam apresentar suas próprias ações para lidar com os preços elevados. As medidas concretas foram apresentadas individualmente por representantes das companhias aéreas. O presidente da Azul, John Rodgerson, anunciou a oferta de 10 milhões de assentos por até R$ 799 no próximo ano. Para ter acesso a essas passagens, será necessário comprá-las com pelo menos 14 dias de antecedência.
Já o presidente da Gol, Celso Ferrer, anunciou a oferta de 15 milhões de assentos por até R$ 699. Ele também destacou que serão realizadas promoções semanais, incluindo para passagens compradas com pouca antecedência, que é uma das principais reclamações dos consumidores. Além disso, a empresa oferecerá vantagens para bagagens e remarcações em casos de compras de última hora.
Por parte da Latam, o presidente Jerome Cadier não estabeleceu um número específico de passagens com preço limitado. No entanto, ele informou que haverá uma promoção semanal com um destino sempre abaixo de R$ 199. Além disso, haverá novidades no programa de fidelidade da companhia, onde os pontos acumulados não irão expirar a partir de 2024, desde que sejam utilizados com a Latam. A empresa também aumentará em 10 mil assentos diários durante o próximo ano, totalizando 3 milhões a mais de assentos disponíveis no mercado.
Com essas medidas, espera-se que os preços das passagens aéreas sejam mais acessíveis para os consumidores. No entanto, é importante destacar que ainda há desafios a serem enfrentados para que os resultados sejam concretizados.