Com a chegada de 2024, era esperado que houvesse uma redução no número de pré-candidaturas à Prefeitura de Anápolis. Atualmente, apenas seis nomes têm suas campanhas minimamente encaminhadas, enquanto outros 12 estão incertos e aguardam movimentos políticos para se viabilizarem até julho, quando ocorrem as convenções partidárias.
Por outro lado, outros 18 pré-candidatos que em algum momento se lançaram, foram cotados ou expressaram publicamente o desejo de concorrer à prefeitura, desistiram ou enfrentam dificuldades para colocar seu nome na urna.
Os seis pré-candidatos que têm o apoio público de seus partidos são Antônio Gomide (PT), Márcio Cândido (PSD), Leandro Ribeiro (PP), Hélio Lopes (PSDB), Márcio Corrêa (MDB) e Lisieux Borges (migrando para o PSB). Gomide já é o candidato oficial do PT há meses e o partido espera apenas as convenções para oficializá-lo. Márcio Cândido cresceu em popularidade no segundo semestre de 2023 e caminha para ser apoiado pelo atual prefeito, Roberto Naves (Republicanos), mesmo que deixe o PSD. Leandro Ribeiro foi indicado como candidato pelo presidente regional do PP, Alexandre Baldy, enquanto Lisieux recebeu aprovação da executiva do PSB na semana passada. Hélio Lopes ganhou a comissão provisória do PSDB e tem caminho aberto para se candidatar. Márcio Corrêa, por outro lado, precisa definir seu partido, mas tem sido improvável que ele consiga se lançar pelo MDB. Aliados especulam que ele pode se filiar ao PL, mas os dirigentes locais do partido negam qualquer movimentação nesse sentido.
Ainda há várias incógnitas, principalmente no PL. O partido é muito desejado para alianças políticas ou para receber novos filiados pré-candidatos. Isso se deve, em parte, ao fato de o partido abrigar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o que pode atrair o eleitorado bolsonarista em uma cidade conservadora. Além disso, o PL tem recursos e tempo de televisão, devido à sua grande bancada na Câmara Federal. Atualmente, o PL tem pelo menos três pré-candidaturas com chances reais: o ex-deputado federal Major Vitor Hugo, que ainda está considerando se candidatar em Anápolis, o vereador Hélio Araújo e o radialista Richelson Xavier. O ruralista Randerson Aguiar não retirou oficialmente sua pré-candidatura, mas não parece mais ser cotado pelos membros do partido.
No PDT, o ex-prefeito Pedro Sahium é outra incógnita. Na semana passada, ele demonstrou entusiasmo em liderar uma chapa majoritária, mas há quem o veja como um candidato cobiçado a vice-prefeito. A secretária de Integração Social, Eerizania Freitas, também pode ser uma opção, caso haja alguma mudança no cenário político.
Em partidos menores, ainda tentam se viabilizar Eugênio Lourenço Dias (PSOL), Karin Abrahão (Novo), Júlio Cunha (Novo) e Wesley Silva (PSDB). Outro pré-candidato, Jader Melo, também tem pretensões majoritárias e deve mudar de partido para tentar viabilizar sua candidatura. Leonardo Batista, do DC, terá que lidar com problemas internos para se lançar como candidato. José de Lima, figura icônica nas eleições municipais e atualmente no Avante, também precisa encontrar um novo partido que apoie seu projeto ou ficará de fora das eleições.
Alguns nomes já foram descartados, seja por desistência ou por falta de empenho em suas campanhas. Os deputados estaduais Amilton Filho (MDB) e Coronel Adailton (Solidariedade) não se mostraram viáveis como candidatos. Na Câmara Municipal, Thais Souza (PP), Alex Martins (PP) e Suender Silva (PRTB) devem buscar a reeleição em vez de concorrer à prefeitura. O presidente da Agehab, Alexandre Baldy, anteriormente cotado como candidato, não trabalhou para se lançar e está fora da disputa. Rebeca Romero, que deixará o MDB, pode aparecer como vice em alguma chapa.
No PSOL, Edergênio Negreiros deve abrir espaço para Eugênio Lourenço Dias, pois planeja ir para o exterior para fazer um doutorado. A médica veterinária Liz Rodrigues também perdeu espaço no partido. O Cidadania, que faz parte da federação com o PSDB, não deve ter protagonismo na eleição majoritária. Embora ainda seja um nome na disputa, o empresário Michel Roriz, presidente regional da legenda, terá que seguir a vontade do PSDB e apoiar uma candidatura própria.
O União Brasil teve como pré-candidatos Marlon Caiado, ex-diretor do Daia, e o vereador Jean Carlos. Marlon não trabalha mais com a possibilidade de se candidatar, enquanto Jean gostaria de concorrer, mas precisa encontrar outro partido para confirmar sua reeleição, já que as portas do União Brasil estão fechadas para ele.
Veja o cenário das pré-candidaturas a prefeito em Anápolis a nove meses da eleição:
Prováveis:
Antônio Gomide (PT)
Márcio Cândido (PSD)
Márcio Corrêa (MDB)
Leandro Ribeiro (PP)
Hélio Lopes (PSDB)
Lisieux Borges (PSB)
Incógnitas:
Hélio Araújo (PL)
Major Vitor Hugo (PL)
Richelson Xavier (PL)
Pedro Sahium (PDT)
Eerizania Freitas (Republicanos)
Eugênio Lourenço Dias (PSOL)
José de Lima (Avante)
Karin Abrahão (Novo)
Júlio Cunha (Novo)
Jader Melo (PSDB)
Léo Batista (DC)
Wesley Silva (PSDB)
Improváveis:
Randerson Aguiar (PL)
Edergênio Negreiros (PSOL)
Michel Roriz (Cidadania)
Amilton Filho (MDB)
Rebeca Romero (de saída do MDB)
Thaís Souza (PP)
Alexandre Baldy (PP)
Alex Martins (PP)
Nowah Luiza (Podemos)
Coronel Adailton (Solidariedade)
Suender Silva (PRTB)
Marlon Caiado (UB)
Jean Carlos (UB)
Liz Rodrigues (PSOL)
Geraldo Espíndola (Rede)
Eder Bento (Novo)
Diacóno Max Lânio (PSDB)
Fernando Cunha (sem partido)