Prefeituras do interior têm enfrentado denúncias de mau uso de recursos públicos devido a altos cachês pagos a artistas para shows em suas cidades. Recentemente, casos envolvendo artistas como Alexandre Pires, Leo Santana e Gusttavo Lima têm acabado nos tribunais, com apresentações suspensas e batalhas judiciais em andamento.
Em Embu das Artes, o show de Leo Santana foi suspenso temporariamente devido a denúncias de falta de transparência e irregularidades nos pagamentos. Em Três Rios, o Ministério Público investiga possíveis superfaturamentos nos cachês de artistas que se apresentaram no carnaval. Já na Bahia, a prefeitura teve que cancelar o show de Gusttavo Lima devido a questionamentos sobre a contratação durante o período de emergência por seca na região.
A importância do trabalho preventivo de órgãos de fiscalização foi destacada, visando evitar gastos excessivos de dinheiro público. O promotor André Luengo conseguiu a suspensão de shows em Euclides da Cunha Paulista, alegando que os cachês das duplas sertanejas contratadas eram desproporcionais ao orçamento da Secretaria de Cultura da cidade.
Neste contexto, durante o ano de eleição municipal, eventos como esses podem se tornar mais comuns, pois ajudam a promover os gestores e driblar as restrições da lei eleitoral. No entanto, é importante observar que tais gastos podem aumentar a desigualdade de forças entre os candidatos, favorecendo aqueles que têm controle da máquina pública.