O estado de saúde do ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a gerar grande repercussão no Brasil. No dia 16 de setembro de 2025, ele foi internado em um hospital de Brasília após apresentar episódios de soluços, vômitos e pressão arterial baixa, o que levantou preocupações sobre sua condição. Já no dia seguinte, o quadro se agravou com o diagnóstico de câncer de pele, enquanto Bolsonaro também enfrenta uma esofagite — inflamação que atinge o esôfago e causa forte desconforto.
O cirurgião gastrointestinal Lucas Nacif explica que os sintomas da esofagite incluem queimação, dores no peito, vômitos e crises de soluço, sinais que Bolsonaro vinha apresentando com frequência nos últimos dias. Além disso, o especialista ressalta que hábitos alimentares inadequados e o consumo de bebidas alcoólicas ou alimentos muito ácidos tendem a agravar o problema. Por outro lado, deitar logo após as refeições e ingerir alimentos que retardam o esvaziamento do estômago também contribuem para o surgimento da doença.
Fatores que contribuem para a esofagite
De acordo com Nacif, a inflamação do esôfago está diretamente ligada ao estilo de vida e aos costumes alimentares. O refluxo ácido, causado pelo retorno dos ácidos estomacais ao esôfago, figura entre as principais causas da esofagite. Além disso, certos alimentos, como frituras, gorduras, leite e grãos, tornam a digestão mais lenta e intensificam ainda mais os sintomas. O médico acrescenta que as diversas cirurgias abdominais pelas quais o ex-presidente passou desde 2018 também interferem em seu sistema gastrointestinal e podem agravar o quadro atual.
Tratamento envolve mudanças de hábito e acompanhamento médico
O tratamento da esofagite depende de uma combinação entre medicação, acompanhamento nutricional e mudanças significativas no estilo de vida. Nesse sentido, os profissionais de saúde recomendam a prática regular de exercícios físicos, o controle do peso, a redução da acidez estomacal e a adoção de hábitos alimentares equilibrados. Além disso, manter um acompanhamento médico frequente é essencial para ajustar o tratamento conforme a evolução do quadro. Nos casos mais graves, quando o refluxo se torna crônico ou provoca danos sérios ao esôfago, a cirurgia passa a ser uma alternativa viável.
Câncer de pele traz novo desafio à saúde de Bolsonaro
O diagnóstico de câncer de pele acrescenta um novo desafio à rotina de cuidados do ex-presidente. Segundo especialistas, a exposição solar intensa ao longo dos anos pode ter contribuído significativamente para o surgimento da doença. Dessa forma, o tratamento precoce e o acompanhamento contínuo tornam-se fundamentais para evitar complicações futuras. No entanto, lidar com esse problema enquanto enfrenta distúrbios gastrointestinais exige uma abordagem médica integrada e constante, com foco tanto na recuperação física quanto no bem-estar emocional.
Perspectivas para o futuro
A recuperação de Jair Bolsonaro depende diretamente da disciplina com o tratamento e das mudanças consistentes em seu estilo de vida. Por isso, o acompanhamento médico regular, aliado à prevenção e à adoção de novos hábitos, pode garantir uma melhora gradual em sua qualidade de vida. Mesmo diante das dificuldades recentes, os especialistas acreditam que a combinação entre cuidados adequados, disciplina pessoal e apoio familiar pode auxiliar o ex-presidente a enfrentar os desafios de saúde de forma mais equilibrada e confiante.
Fonte: Redação
Leia também: Veja para qual prisão Bolsonaro deve ser encaminhado
