O Supremo Tribunal Federal volta a julgar nesta quarta-feira (3) a trama golpista que envolve Jair Bolsonaro e outros três réus. O dia será marcado pelas falas das defesas e pode definir novos rumos no caso que já mexe com o Brasil.

Como será o segundo dia
Logo cedo, a defesa do general Augusto Heleno abre os trabalhos. Em seguida, os advogados de Bolsonaro, do general Paulo Sérgio Nogueira e de Walter Braga Netto também falam. Cada um terá até uma hora para sustentar seus argumentos.
Bolsonaro não vai ao STF. Ele acompanha de casa, enquanto seus advogados tentam convencer os ministros a absolvê-lo.
O que aconteceu antes
No primeiro dia, além disso, o relator Alexandre de Moraes apresentou o relatório. Logo depois, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, fez duras acusações. Na sequência, ele afirmou que Bolsonaro tentou permanecer no poder e, ao mesmo tempo, ligou os atos golpistas a integrantes do governo. Por isso, a tensão no julgamento aumentou ainda mais.
O que as defesas vão dizer
As falas de hoje devem focar em três pontos: contestar a delação de Mauro Cid, alegar falta de provas concretas e denunciar cerceamento de defesa. Além disso, os advogados pedem que o STF unifique acusações para reduzir eventuais penas.
O que acontece depois
Na próxima semana, os ministros da Primeira Turma começam a votar. A ordem será: Moraes, Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Cristiano Zanin. Se três votarem pela condenação, Bolsonaro e os demais réus estarão oficialmente culpados.
O que está em jogo
Bolsonaro responde a cinco crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado democrático, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem chegar a 46 anos de prisão.
Fonte: Redação
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