Mesmo preso, Bolsonaro ainda mantém privilégios; entenda quais

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Jair Bolsonaro (PL) começou a cumprir pena definitiva nesta terça-feira (25/11), condenado por liderar a organização criminosa responsável pela trama golpista. Apesar disso, ele continua com um benefício importante assegurado a todos os ex-presidentes da República: o direito a uma equipe com até oito assessores e dois veículos oficiais.

Esse privilégio segue em vigor graças a uma lei de 1986 e a um decreto de 2008. Assim, todo ex-chefe do Executivo federal pode manter quatro profissionais responsáveis por segurança e apoio pessoal, dois assessores administrativos e dois motoristas. Além disso, pode utilizar veículos oficiais sempre que necessário.

Quanto Bolsonaro já custou aos cofres públicos

Desde que deixou a Presidência, em 2023, Bolsonaro já gerou um gasto de R$ 4,71 milhões aos cofres da União. Os valores constam em dados fornecidos pela Casa Civil e incluem despesas relacionadas à segurança pessoal do ex-mandatário.

Atualmente, Bolsonaro conta com os oito assessores permitidos e dois carros oficiais. Vale lembrar que Luiz Inácio Lula da Silva (PT), hoje novamente presidente, também usufruiu desse mesmo direito quando esteve preso em Curitiba.

Apesar do privilégio ser vitalício, a equipe não é fixa. Os assessores continuam nomeados apenas enquanto houver interesse do ex-presidente, já que os cargos são comissionados e de livre exoneração.

Gastos em queda, mas ainda elevados

De janeiro a novembro de 2025, Bolsonaro já custou R$ 994,5 mil aos cofres públicos — o menor valor dos últimos três anos. Em 2024, ele gerou R$ 1,79 milhão em despesas; em 2023, foram R$ 1,95 milhão.

Essa redução, porém, tem motivos claros. O avanço do julgamento e a pena aplicada limitaram sua rotina. Assim, viagens diminuíram e, mais recentemente, ele passou a cumprir prisão domiciliar, o que reduz os gastos do aparato de segurança.

O que está incluído nas despesas

A lista de custos bancados pela União é extensa. Além de salários e gratificações, os gastos envolvem:

  • diárias no Brasil e no exterior
  • passagens aéreas
  • alugueis de veículos
  • serviços telefônicos
  • combustível e manutenção dos carros oficiais

Qualquer deslocamento internacional da equipe precisa ser comunicado à Casa Civil e publicado no Diário Oficial da União.

Segurança próxima e de confiança

Entre os auxiliares de Bolsonaro, um nome ganhou notoriedade: o segundo-tenente do Exército Osmar Crivelatti. Ele atuou como ajudante de ordens enquanto Bolsonaro era presidente e, depois, assumiu como assessor e segurança pessoal.

Crivelatti, contudo, também virou alvo de investigações. A Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão contra ele no caso das joias sauditas e dos presentes que entraram ilegalmente no país e foram comercializados com fins de lucro.

Entre suas funções, ele organizava os presentes de luxo do ex-presidente, acompanhava sua agenda e atuava como braço-direito de Mauro Cid.

Fonte: Redação

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