Em um movimento inesperado, o senador Flávio Bolsonaro (PL) votou a favor do governo Lula (PT) no projeto que isenta quem ganha até R$ 5 mil mensais do Imposto de Renda. A atitude chamou atenção, já que o parlamentar costuma se opor às pautas do atual presidente.
Durante a sessão, Flávio explicou que o voto representa coerência com as promessas feitas por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele destacou que a proposta de ampliar a faixa de isenção já fazia parte do plano do governo anterior. Assim, mesmo com o projeto vindo do Palácio do Planalto, o senador afirmou que mantém o compromisso de aliviar a carga tributária sobre os trabalhadores.
Flávio defende o voto e critica o governo
Ao justificar a decisão, Flávio Bolsonaro ressaltou que não houve mudança de lado político, apenas defesa do que acredita ser justo. Além disso, ele aproveitou o momento para criticar a política econômica de Lula.
“Vamos votar a favor do projeto, mas defenderemos o destaque do senador Carlos Portinho, que trata dos profissionais liberais. O governo Lula tem uma obsessão por taxar e tributar. Ele aumenta a arrecadação colocando a mão no bolso do contribuinte e, mesmo assim, as despesas continuam crescendo”, afirmou o parlamentar à revista Veja.
Senado aprova ampliação da isenção
Na quarta-feira (5), o Senado Federal aprovou por unanimidade o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês. Além disso, a proposta reduz as alíquotas para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7.350, o que deve beneficiar milhões de brasileiros.
Para compensar a perda de arrecadação, o texto prevê aumento na taxação sobre rendas mais altas, especialmente para quem ganha acima de R$ 600 mil por ano. Dessa forma, o governo busca equilibrar as contas públicas e manter a responsabilidade fiscal.
Apesar das diferenças ideológicas, o episódio mostrou que, em temas econômicos, até adversários políticos podem concordar em favor da população. Quando o assunto é o bolso do cidadão, a política, por vezes, deixa as divergências de lado.
Fonte: Redação
Leia também: Veja para qual prisão Bolsonaro deve ser encaminhado



