Após mais de 14 horas de julgamento, os policiais militares acusados da morte de Douglas Araújo da Silva, 19 anos, foram absolvidos em um júri popular realizado nesta quinta-feira (5), em Anápolis (GO). O caso aconteceu em abril de 2022, no bairro Jardim Alvorada. A decisão unânime dos sete jurados reconheceu que os agentes agiram dentro dos protocolos de segurança, absolvendo-os das acusações de homicídio.
A abordagem
Douglas foi morto durante uma abordagem policial sob suspeita de portar uma arma, que depois se revelou ser de brinquedo. Segundo o Ministério Público, o jovem não teria oferecido resistência no momento da ação. No entanto, a defesa sustentou que os policiais agiram em legítima defesa, pois Douglas teria feito menção de sacar a arma ao ser abordado.
O julgamento
O julgamento, iniciado às 8h e encerrado às 23h, contou com depoimentos de diversas testemunhas, incluindo moradores da região e familiares da vítima, além dos próprios policiais envolvidos. As provas periciais também foram analisadas pelo conselho de sentença.
De acordo com a defesa, os policiais agiram para proteger suas vidas, acreditando que Douglas estava armado. “Foi uma ação legítima diante de uma atitude suspeita, em que a segurança de todos estava em jogo”, afirmou um dos advogados.
No final, o júri, composto por sete pessoas, decidiu por unanimidade pela absolvição. A decisão foi celebrada por colegas de farda e pelos advogados presentes.
O depoimento de Jonathan Ferreira
Um dos policiais julgados, Jonathan Ferreira, comentou com o Viva sobre a decisão
“Sempre acreditamos que a verdade prevaleceria. Nosso compromisso sempre foi com a segurança da sociedade, e foi isso que guiou nossas ações naquele dia. É um alívio saber que a justiça foi feita.”
Promoção por ato de bravura
Antes do julgamento, os policiais haviam sido promovidos por ato de bravura. De acordo com registros anteriores, mesmo com a repercussão do caso, a corporação destacou a atuação dos agentes como “conduta valorosa em situação de alto risco”.
Rodrigo Troiani Ruela e Jonathan Ferreira de Carvalho eram soldados de 1ª classe e passaram a ser cabos. Victor Lemes Vaz da Costa foi promovido de 2º a 1º sargento. Na época através de nota, a PMGO disse que as promoções dos PMs presos “ocorreram através de processos independentes que já estavam em andamento e, portanto, não estão relacionadas à prisão dos mesmos”.
FONTE: Redação – Janayna Carvalho
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