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DAIA fica sem receber indústrias por falta de licenças

Fato pode impedir implantação de novos empreendimentos

Uma situação inédita na história do Distrito Agro Industrial de Anápolis (DAIA) pode fazer com que o local, inaugurado em novembro de 1976, com o objetivo de promover a interiorização do desenvolvimento de Goiás, possa deixar de cumprir a sua função principal: receber indústrias. Isso porque o complexo não possui o EIA/Rima (Estudo de Impacto AmbientalRelatório de Impacto Ambiental). Tão ou mais grave, as empresas já instaladas, devido a essa questão, estão recebendo licenças precárias. E, no caso da indústria farmacêutica, a situação é mais grave porque as empresas do segmento necessitam da licença para regularizarem os processos que têm em andamento junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

 

Devido a isso, o presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás (Sindifargo), Marçal Henrique Soares, solicitou uma reunião com a interveniência do Ministério Público de Goiás, a fim de se buscar soluções ao impasse. A reunião, envolvendo representantes do MP/GO; Goiasindustrial; Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Recursos Hídricos, Infraestrutura, Cidades e Assuntos Metropolitanos; Associação Comercial e Industrial de Anápolis, Federação das Indústrias do Estado de Goiás; Procuradoria Geral do Estado e do Sindifargo aconteceu na última quarta-feira, 27, em Goiânia, na sede do Ministério Público Estadual.

 

A Promotora de Justiça, Sandra Mara Garbelini, informou que o MP/GO foi provocado pelo Sindifargo, em razão da dificuldade das empresas do setor em receberem o licenciamento ambiental, devido ao fato de o licenciamento do complexo industrial, ou seja, do DAIA, estar “amarrado” a esta expedição. Daí, estarem recebendo, apenas, uma licença precária. Porém, esse documento, em regime precário, não é aceito perante a ANVISA e algumas empresas correm, até, iminente risco de paralisação.
De acordo ainda com a Promotora, foi firmado em 2013 um Termo de Compromisso Ambiental para que a Goiasindustrial realizasse o Estudo de Impacto Ambiental que, aliás, deveria ser prévio à implantação do Distrito Agro Industrial. É um estudo amplo e que demanda um prazo longo para ficar pronto. A promotora Sandra Mara disse que o Ministério Público firmou o entendimento de que não há necessidade do EIARima, embora, exigindo outro estudo para monitoramento da poluição ambiental no DAIA. O encaminhamento dado na reunião, portanto, explicou a Promotora, foi para que a Goiasindustrial faça um novo pedido junto à Secima, no sentido de afastar a necessidade desse EIARima e solicitando, ainda, providências para a agilização do licenciamento do complexo com base no novo estudo.

 

Questionada se a medida poderá vir a solucionar o impasse para as indústrias num curto espaço de tempo, a Promotora Sandra Mara Garbelini ressaltou: “Há um compromisso e o empenho de todos dada a gravidade e a importância da situação e pelo que representa a indústria farmacêutica, seja na produção de medicamentos, seja nos milhares de empregos que são gerados para as pessoas”.

 

Fonte: Jornal Contexto

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