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Orquestra de Violeiros, a tradição da música raiz

A missão é não deixar a sertanejo tradicional se apagar

A Orquestra de Violeiros de Anápolis foi criada em 2002. De lá para cá, já teve vários integrantes. Mas, desde os seus primeiros acordes, vem cumprindo a missão de preservar na cultura das pessoas a boa música sertaneja de raiz. E, um bom sinal de que esta tradição será mantida, é que a orquestra, hoje, tem em sua formação vários músicos jovens, que somam os seus acordes aos dos mais experientes.

 

A professora Ângela Maria Buta é voluntária e coordenadora da Orquestra de Violeiros de Anápolis. Uma tarefa que executa “com muito prazer e encantamento”, diz. Ela cuida não apenas da agenda de apresentações, como também, faz questão de ajudar na formação teórica dos integrantes da orquestra, repassando conhecimentos sobre postura de palco, desenvolvimento de trabalho em equipe, dentre outros conhecimentos.

 

A parte prática fica por conta do maestro Crênio Luiz da Silva, que é profissional na área e desenvolve um papel importante de formação dos músicos, muitos deles – sobretudo os mais antigos – tocavam o instrumento “de ouvido”, movidos pelo dom e o amor à arte da música. Agora, todos têm a oportunidade de ampliar o conhecimento musical e, com isso, ampliar os seus horizontes.

 

 

De acordo com Ângela Buta, a orquestra conta hoje com 15 integrantes, dentre eles, três voluntários que tocam violão, viola, sanfona e instrumentos de percussão. Todos são contemplados com uma ajuda de custo de R$ 400 do programa Bolsa Cultura, que é mantido pela Prefeitura como uma forma de incentivos para o desenvolvimento das atividades. Vários integrantes já formam duplas ou, se apresentam individualmente. Mas, entre todos eles, a paixão que bate maior é a da música sertaneja.

 

“Cada um dos músicos da nossa orquestra tem uma história de vida, de amor pela música de raiz, que atravessa gerações”, ressalta Ângela Buta. É o caso – citou – da violeira Jovelina de Paula, que tem a companhia no grupo do bisneto Victor Gabriel de Paula. Ou, do violeiro Marquinhos (nome artístico) que é avô do sanfoneiro Denis Ilísio Filho. E, assim, a tradição se mantém e a Orquestra de Violeiros firma-se cada vez mais como um patrimônio cultural de Anápolis.
Apresentações

 

Os shows da Orquestra de Violeiros, aliás, são bastante requisitados. Segundo Ângela Buta, o grupo já tocou em, praticamente, todas as cidades circunvizinhas de Anápolis e, até, em outros municípios mais distantes, como em Minaçu, na região Centro-Norte do Estado. E, em vários locais, as apresentações em festas de aniversários e eventos especiais das cidades, a participação da orquestra tem virado tradição.

 

Ter a presença da Orquestra de Violeiros de Anápolis é bem simples: basta encaminhar um ofício para a coordenação, que é feito o agendamento. Hoje, o grupo está sediado num espaço dentro da Escola de Música, no prédio da antiga Delegacia de Polícia, na Rua 14 de Julho, onde são realizados os ensaios e demais atividades.

 

Fonte: Claudius Brito – Jornal Contexto

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