Setembro Amarelo: Cuidar do cérebro é cuidar da vida!

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Quando falamos em Setembro Amarelo, muitas pessoas pensam apenas no suicídio. Mas a campanha também nos lembra da importância de cultivar a saúde mental todos os dias.

A neuropsicologia mostra que o cérebro é moldado pelos nossos hábitos: quanto mais cuidamos dele, mais fortalecidas ficam nossas conexões neurais e maior a proteção contra transtornos emocionais. Sono adequado, exercícios físicos, alimentação balanceada e pausas para descanso são práticas que regulam neurotransmissores como serotonina e dopamina, responsáveis pelo humor, pela motivação e pelo equilíbrio emocional.

Assim como treinamos o corpo, podemos treinar a mente. Atividades que estimulam a memória, a atenção e a criatividade ajudam a manter a neuroplasticidade, aumentando a resiliência diante do estresse. O contato com pessoas queridas, conversas significativas e momentos de lazer também atuam como fatores protetivos, porque fortalecem nossa rede de apoio social. Esses pequenos cuidados, somados ao autoconhecimento, funcionam como um “escudo mental” contra ansiedade e depressão.

Outro ponto importante é perceber os sinais de sofrimento em quem está próximo. Mudanças de comportamento, frases de desesperança, isolamento repentino ou queda brusca de energia emocional são alertas que não devem ser ignorados. Nessas horas, a escuta ativa é fundamental: ouvir sem interromper, validar a dor da pessoa e mostrar disponibilidade genuína. Não é preciso ter todas as respostas, mas é essencial oferecer companhia e incentivo para que ela busque ajuda profissional, seja com psicólogo, psiquiatra ou médico.

O Setembro Amarelo nos ensina que prevenção não é apenas falar de morte, mas principalmente de vida. Cuidar do cérebro e das emoções diariamente é uma forma de promover saúde, aumentar nossa qualidade de vida e fortalecer a esperança. E quando oferecemos acolhimento ao outro, participamos de um movimento coletivo de proteção. Prevenção começa em atitudes simples: cuidar de si, estar presente para quem amamos e reconhecer que pedir ajuda é um ato de coragem, não de fraqueza.

Rosiane R. Bernardo – Neuropsicóloga | CRP 09/10198 – Colunista do Portal Viva Anápolis

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