Esquecer onde colocou as chaves ou o nome de alguém é algo comum e geralmente não é motivo de preocupação. Nosso cérebro pode falhar em dias de estresse, cansaço ou excesso de informações, e isso acontece com qualquer pessoa, em qualquer idade. À medida que envelhecemos, é normal que a memória fique um pouco mais lenta, mas isso não significa que algo está errado.
Além da idade, outros fatores do dia a dia também podem atrapalhar a memória, como a ansiedade, o uso excessivo de celular e telas, e a falta de sono regular. Quando o cérebro está sempre agitado ou sem descanso adequado, ele tem mais dificuldade para organizar, guardar e recuperar as informações. Por isso, cuidar da saúde mental, dormir bem e limitar o tempo nas telas também é uma forma de proteger sua memória.
Por outro lado, é importante ficar atento quando os esquecimentos se tornam frequentes e começam a atrapalhar o dia a dia. Esquecer conversas recentes, se perder em lugares conhecidos, repetir as mesmas perguntas ou ter dificuldade para realizar tarefas simples podem ser sinais de que é hora de buscar ajuda. Em muitos casos, esses sintomas podem estar ligados a problemas de memória mais sérios, como o Alzheimer, ou até mesmo a quadros de depressão.
Nessas situações, o ideal é procurar um neuropsicólogo. Por meio de testes e conversas, ele pode avaliar como está o funcionamento da sua memória e de outras funções do cérebro. Quanto mais cedo um possível problema for identificado, maiores são as chances de cuidar da saúde mental com mais qualidade de vida e tranquilidade.

Rosiane R. Bernardo – Neuropsicóloga | CRP 09/10198 – Colunista do Portal Viva Anápolis