O Centro Cultural São Paulo apresenta, no período de 3 de setembro a 4 de dezembro, a exposição Novas Aquisições com produções dos artistas Carlos Sena, Marcelo Solá, Divino Sobral, Rodrigo Godá, Humberto Espíndola, Gê Orthof, Elyeser Szturm, Elder Rocha, Luiz Mauro, Pitágoras Lopes e Adir Sodré.
A exposição reúne 13 trabalhos, todo incorporados, recentemente, ao acervo do Museu de Artes Plásticas de Anápolis (MAPA). São desenhos, pinturas e uma instalação. É a primeira vez que o Centro Cultural São Paulo leva às suas instalações trabalhos do acervo de uma instituição do Centro-Oeste.
Fez-se um recorte curatorial marcado pela diversificação de linguagens abordadas por artistas de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esses artistas, durante décadas, contribuíram para a construção da História da Arte e o aprimoramento da produção da região Centro-Oeste, e para o fortalecimento das divisas culturais geradas a partir da interação com as outras regiões do Brasil.
Outro princípio que norteia a concepção curatorial remete à afinação existente na pesquisa plástica e poética desses artistas, explica o curador da mostra, Paulo Henrique Silva. Apesar de a maioria utilizar suportes tradicionais como a tela e o papel, são capazes de preencher essas superfícies de inquietações inerentes ao mundo contemporâneo, onde o agora e o hoje são expressos por meio de manobras intelectuais extremamente sofisticadas.
A intenção, de acordo com a curadoria, é a de oferecer ao público um panorama temporal, que esboça o cenário da arte contemporânea no Centro-Oeste, desde os anos 60, com Humberto Espíndola, primeiro artista a vivenciar e operar códigos contemporâneos na região, perpassando pelo artista mato-grossense pertencente à geração dos anos 70, Adir Sodré; por Carlos Sena, Elder Rocha e Luiz Mauro, artistas emergentes da década de 80; porMarcelo Solá, Pitágoras Lopes, Divino Sobral, Elyeser Szturm e Gê Orthof, que fazem suas primeiras exposições no cenário local no início da década de 1990 e, para fechar este recorte, chega-se a Rodrigo Godá, que tem sua trajetória iniciada em meados dos anos 90.
Centro Cultural São Paulo
Espaço público de cultura e convívio, o Centro Cultural São Paulo (da Secretaria Municipal de Cultura) recebe o público em quatro pavimentos de uma área de 46.500 m² localizada entre as ruas Vergueiro e a 23 de maio, e entre as estações Vergueiro e Paraíso do metrô.
Inaugurado em 13 de maio de 1982, a partir da necessidade de uma extensão da Biblioteca Mário de Andrade, transformou-se em um dos primeiros espaços culturais multidisciplinares do país.
O projeto concebido por um grupo de arquitetos coordenado por Eurico Prado Lopes e Luiz Telles deu origem a um espaço caracterizado pela arquitetura do encontro, que atualmente oferece um conjunto de bibliotecas com acervo multidisciplinar de reconhecida relevância, entre elas a Sérgio Milliet, segunda maior biblioteca pública da cidade de São Paulo e a única que é aberta aos domingos e feriados.
E, ainda, expressivas coleções da cidade de São Paulo – Coleção de Arte da Cidade, Discoteca Oneyda Alvarenga, Missão de Pesquisas Folclóricas de Mário de Andrade, Arquivo Multimeios e Coleção Memória do Centro Cultural São Paulo.
Também oferece uma programação que pode ser desfrutada gratuitamente ou a preços populares, com espetáculos de teatro, dança e música, séries voltadas à literatura e à poesia, mostras de artes visuais, atividades ligadas aos acervos, projeções de cinema e vídeo, oficinas, debates e palestras.