A eleição do deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) para a presidência da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados causou uma certa tensão no Palácio do Planalto. O presidente Lula (PT) mostrou-se contrariado e há indícios de que poderá dificultar a liberação de emendas parlamentares provenientes do Ministério da Educação para deputados que apoiaram a escolha de Nikolas.
Além disso, Lula espera que o ministro da Educação, Camilo Santana, adote uma postura mais rigorosa em relação ao Congresso Nacional. O ex-governador do Ceará, conhecido por sua discrição, pode adotar medidas que dificultem a relação com os deputados e até mesmo bloquear o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
No entanto, o ministro Santana ressaltou que a Câmara tem autonomia para escolher seus presidentes de comissões e que o trabalho do MEC não está vinculado ao governo, mas sim ao Brasil e à educação do país. Ele espera colaboração por parte dos parlamentares, incluindo Nikolas.
A indicação de Nikolas para presidir a Comissão de Educação foi estratégica por parte do PL, sendo o maior partido da Câmara. Apesar de não se sentir completamente confortável com o cargo, Nikolas aceitou a função, que gerou certa polêmica no governo.
Por outro lado, deputados mais experientes do PL, como Domingos Sávio (PL-MG) e Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), afirmaram que Nikolas está disposto a dialogar com a esquerda durante sua gestão na comissão. Eles asseguraram que Nikolas será um bom líder nesse novo desafio.
