O que terá a primazia, a loucura sobre a solidão, ou, ao contrário, a solidão, quando pungentemente intensa e à prova do tempo, acaba se metamorfoseando
em algo ainda mais nefasto, como a doença mental? A verdade é que a saúde psíquica de uma pessoa está diretamente ligada à quantidade de vínculos
que ela é capaz de estabelecer ao longo da vida, malgrado existam aqueles que vivem muito bem no seu próprio cosmo, desfrutando de uma condição
de rara serenidade:
têm a capacidade de interagir com quem quer que seja sem abdicar do gozo dos tantos momentos de retiro consigo mesmo, e tampouco ceder a
qualquer espécie de psicopatologia. Na primavera de 1967, Susanna Kaysen, a personagem de Winona Ryder em “Garota, Interrompida”, vai
parar no que até não muito tempo atrás se chamaria de hospício — palavra cancelada pelo politicamente correto, que acha que cancelar
manifestações genuínas de certos fenômenos, inclusive linguísticos,
Filme: Garota, Interrompida
Direção: James Mangold
Ano: 1999
Gêneros: Drama/Coming-of-age
Nota: 9/10