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Na Netflix, magnífico e arrebatador: um dos filmes mais belos da história do cinema

Pedro Almodóvar, notável por seu olhar perspicaz sobre a complexidade das relações humanas, aborda em “Julieta” um retrato íntimo da vida de uma mulher, marcada por transições e transformações pessoais. A narrativa, embora tecida com as nuances de tragédia e amor, evita se fixar em um único gênero, apresentando um mosaico de emoções que acompanham a vida da protagonista.

O filme acompanha Julieta em diferentes estágios de sua vida, com Emma Suárez e Adriana Ugarte oferecendo representações complementares de uma mesma figura cuja jornada é marcada tanto pela paixão quanto pelo luto. A trama, ancorada em um roteiro que desliza entre o passado e o presente, revela um drama familiar e as repercussões de um passado que persiste em influenciar o presente.

Almodóvar utiliza uma paleta de cores distintiva, com uma preferência pelo vermelho, que se destaca visualmente, mas também carrega um simbolismo emocional em cada cena. Esta escolha estética, além do uso de elementos artísticos reconhecíveis, contribui para a ambientação e o tom do filme, embora mantenha uma certa discrição sem cair na ostentação.

Em “Julieta”, encontramos um Almodóvar que se distancia de alguns de seus temas e estilos mais conhecidos. O filme mostra menos das características mais teatrais e exuberantes do diretor, adotando uma abordagem mais contida. É uma exploração de temas como o luto e a reconciliação, em que o diretor constrói sua narrativa com uma atenção mais focada nos detalhes íntimos e nos silêncios que falam tanto quanto as palavras.

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