Quem era Diogo Jota, jogador morto em acidente de carro 

Jogador Diogo Jota, do Liverpool, em campo durante uma partida, vestindo a camisa do clube.

O futebol português amanheceu de luto nesta quinta-feira (3). O atacante Diogo Jota, da seleção de Portugal e do Liverpool, morreu em um acidente de carro ao lado do irmão, o também jogador André Silva. O acidente aconteceu durante a madrugada, na província de Zamora, no nordeste da Espanha, por volta do fim da noite de quarta-feira (2), no horário de Brasília.

Mapa mostrando a província de Zamora, no nordeste da Espanha, onde ocorreu o acidente fatal envolvendo Diogo Jota.
Acidente ocorreu na província de Zamora, no nordeste da Espanha, durante a madrugada.

Viagem entre Portugal e Reino Unido terminou em tragédia

De acordo com informações da Guarda Civil espanhola, o carro em que os dois viajavam saiu da pista após um dos pneus estourar durante uma ultrapassagem. O veículo trafegava pela rodovia A-52, na região de Sanabria, e acabou pegando fogo logo após o impacto. As autoridades confirmaram que Diogo Jota e André morreram no local.

Segundo a CNN Portugal, os irmãos seguiam viagem de carro para o Reino Unido porque Jota havia passado recentemente por uma cirurgia no pulmão. Por recomendação médica, ele evitava voos de longa distância. O trajeto, portanto, vinha sendo feito por terra.

As autoridades locais aguardam o resultado da perícia e a confirmação por DNA, embora os legistas já tenham indicado que apenas os dois atletas estavam no carro.

Carreira de destaque no futebol europeu

Diogo Jota, de 28 anos, estava no auge da carreira. Em abril, conquistou o Campeonato Inglês com o Liverpool. Já em junho, celebrou o título da Liga das Nações pela seleção de Portugal, após uma final emocionante contra a Espanha decidida nos pênaltis. Inclusive, essa foi sua última partida pela seleção portuguesa.

Natural do Porto, Jota nasceu em dezembro de 1996 e iniciou a carreira profissional pelo Paços de Ferreira em 2014, aos 17 anos. Passou também pelo Porto e pelo Wolverhampton, da Inglaterra, até chegar ao Liverpool, em 2020, durante a pandemia. No clube inglês, conquistou uma Premier League, uma Copa da Inglaterra e duas Copas da Liga.

Durante sua trajetória profissional, o atacante disputou 447 partidas e marcou 150 gols. O último aconteceu justamente em um clássico contra o Everton, em abril. Pela seleção portuguesa, balançou as redes 14 vezes em 47 jogos.

Jota havia se casado recentemente, em 22 de junho, e deixa esposa e três filhos pequenos: um de quatro anos, outro de dois e um bebê de seis meses.

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André Silva também atuava como atacante

André Silva, irmão de Diogo, tinha 26 anos e também era jogador profissional. Ele defendia o Penafiel, clube da segunda divisão portuguesa. Assim como o irmão, André era atacante e vinha se destacando no futebol nacional.

Federação Portuguesa lamenta a perda

A Federação Portuguesa de Futebol emitiu uma nota oficial logo após a confirmação da morte dos atletas. No comunicado, a entidade afirmou estar completamente devastada com a tragédia e destacou não apenas a qualidade de Diogo Jota como jogador, mas também sua personalidade e importância dentro e fora de campo.

“A Federação Portuguesa de Futebol e todo o futebol português estão completamente devastados com a morte de Diogo Jota e de seu irmão André Silva. Muito além de um atleta com quase 50 partidas pela seleção principal, Jota era uma pessoa admirável, respeitada por colegas, adversários e pela comunidade”, diz o texto.

A entidade também informou que solicitou à UEFA a realização de um minuto de silêncio antes da partida da seleção feminina de Portugal contra a Espanha, pelo Europeu, ainda nesta quinta-feira.

País perde dois talentos e ídolos recentes

Com a morte precoce de Diogo e André, Portugal perde dois nomes que representavam o presente e o futuro do futebol nacional. Ambos estavam em plena atividade, e suas carreiras ainda prometiam capítulos vitoriosos.

Por isso, clubes, torcedores e personalidades do esporte seguem prestando homenagens. A dor da perda se espalha por toda a comunidade esportiva e reforça a fragilidade da vida, mesmo para quem vive no topo do mundo.

Fonte: Redação

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