3 traços de personalidade que podem levar alguém a trair

Homem sentado em um banco de parque abraçando uma mulher enquanto segura, escondido, a mão de outra mulher.

A lealdade é um dos pilares mais importantes de um relacionamento. Trair isso não só destrói a confiança, mas também causa dor, sentimento de abandono e um luto emocional profundo. Mesmo os relacionamentos mais sólidos podem desmoronar sob o peso da infidelidade.

A traição, em qualquer forma — seja física (infidelidade sexual), emocional (conexões românticas profundas fora do relacionamento) ou online (flertes ou trocas íntimas pela internet) — pode causar danos profundos e duradouros.

Homem usa o celular enquanto a mulher enquanto esconde o celular atrás dela, olhando para a tela de forma desconfiada.
Homem mexe no celular enquanto a mulher dorme

Além disso, muitos casais têm dificuldade em se recuperar depois de uma traição. Em muitos casos, isso leva à separação ou ao divórcio. Mesmo quando o relacionamento continua, ele costuma ficar marcado por infelicidade, insegurança e distanciamento emocional.

Mas, afinal, por que algumas pessoas traem enquanto outras permanecem fiéis? Abaixo, você confere três traços emocionais e psicológicos que podem aumentar as chances de infidelidade.

1. Tendências narcisistas: quando o ego fala mais alto

Pessoas com traços narcisistas costumam estar em uma busca constante por admiração e validação. Se sentem que não estão recebendo atenção suficiente do parceiro, podem procurá-la em outro lugar para

alimentar o próprio ego. Por mais que demonstrem autoconfiança, por dentro dependem fortemente da aprovação externa.

Um estudo publicado no Journal of Sex & Marital Therapy mostra que indivíduos com traços de “narcisismo sexual” tendem a preferir papéis de gênero mais tradicionais, apresentam baixa autoestima e têm atitudes egocêntricas em relação ao sexo. Isso afeta diretamente seus relacionamentos e comportamentos sexuais.

Entre as principais características desse perfil, estão:

  • Uso do sexo como ferramenta para alimentar o ego, em vez de construir intimidade
  • Busca constante de validação por meio de conquistas sexuais
  • Crença de serem “ótimos amantes”, independentemente da experiência do parceiro

Além disso, essas pessoas geralmente priorizam o próprio prazer e apresentam impulsividade e falta de empatia, o que aumenta a chance de trair sem sentir culpa.

2. Trair para se sentir melhor consigo mesmo

Outro motivo comum para a infidelidade é a baixa autoestima. Para algumas pessoas, a insegurança gera uma necessidade constante de validação externa. Assim, a traição se torna uma tentativa de se sentirem desejadas e valorizadas.

No entanto, essa busca por autoafirmação tem um custo alto. Um estudo publicado em 2019 na Personality and Social Psychology Bulletin mostra que pessoas que traem tendem a minimizar os próprios erros e a evitar assumir responsabilidade. Isso porque, em geral, a sociedade condena a infidelidade.

Além disso, poder e controle também desempenham um papel importante nesse tipo de traição. Algumas pessoas usam o ato de trair como uma forma de se sentirem superiores, compensando a baixa autoestima com a sensação de domínio sobre o parceiro.

A necessidade psicológica de controle faz com que manipulem e traiam, sem considerar o impacto emocional que causam. Essa incapacidade de reconhecer os danos torna suas ações ainda mais prejudiciais.

3. Medo de vulnerabilidade e intimidade emocional

Por fim, existe também o fator emocional: o medo de se abrir. Algumas pessoas têm dificuldades em criar conexões profundas com o parceiro. Para elas, a traição funciona como uma fuga da vulnerabilidade. É uma forma de evitar a proximidade emocional que um relacionamento saudável exige.

Um estudo de 2012, publicado no The American Journal of Family Therapy, confirma que a infidelidade pode servir como um mecanismo de defesa. Pessoas com estilos de apego inseguros usam a traição como uma maneira de evitar responsabilidades emocionais.

Além disso, o medo de rejeição e a ansiedade fazem com que busquem validação fora do relacionamento, principalmente em momentos de crise ou quando sentem carência afetiva.

Geralmente, quem trai por esse motivo escolhe relações externas superficiais, com pouco envolvimento emocional. Essas interações passageiras proporcionam uma falsa sensação de controle e afastamento, evitando que a pessoa encare os próprios medos e traumas.

Como romper o ciclo de quem é acostumado a trair?

Esses fatores psicológicos e emocionais impulsionam comportamentos destrutivos que prejudicam não apenas o relacionamento, mas também o crescimento pessoal de quem trai. Por isso, compreender essas dinâmicas é essencial.

Reconhecer os sinais de insegurança e medo dentro de um relacionamento pode ajudar as pessoas a tomarem decisões mais conscientes sobre suas vidas amorosas. Além disso, embora esses traços aumentem a probabilidade de traição, eles não significam que alguém seja incapaz de mudar.

A autoanálise, a comunicação aberta e, muitas vezes, o apoio profissional podem ajudar a romper ciclos destrutivos. Com esforço e compromisso, é possível construir relações mais saudáveis, baseadas em confiança, respeito mútuo e verdadeira intimidade emocional.

No fim das contas, fidelidade não é apenas resistir à tentação. Trata-se, sobretudo, de nutrir ativamente a conexão, o cuidado e a lealdade dentro da relação.

FONTE: Forbes 

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