Mulheres estão cada vez mais optando por viver sem homens

Na década de 1950, a escritora francesa Simone de Beauvoir afirmou que renunciar ao amor era tão insensato quanto desinteressar-se pela saúde. No entanto, nos dias atuais, mulheres como a cearense Carla Morais, de 37 anos, estão optando por um período de celibato como forma de repensar suas conexões amorosas e redirecionar suas energias.

Carla, frustrada com relacionamentos passados, decidiu dar um tempo de três anos sem se envolver afetiva e sexualmente com homens. Essa escolha, assim como a de outras mulheres heterossexuais, faz parte do movimento conhecido como “boy sober”, que defende a abstinência do amor romântico para focar em outros aspectos da vida.

Durante esse tempo sabático, a libido de Carla é direcionada para a masturbação, onde ela explora suas fantasias e descobre novos prazeres. Além disso, ela se sente mais fortalecida ao sair sozinha e se valorizar, estimulando sua sexualidade de forma independente.

A psicóloga Gisele Aleluia apoia o movimento “boy sober” quando ele é feito em benefício da qualidade dos relacionamentos e da saúde emocional das mulheres. Ela ressalta a importância da autonomia sexual feminina e o direito das mulheres de explorarem sua sexualidade com segurança.

Para a psicanalista Regina Navarro Lins, o celibato feminino reflete a transição de valores da sociedade atual, onde as mulheres buscam cada vez mais autonomia e liberdade em suas relações. Ela destaca a importância de as mulheres se libertarem da pressão de ter um parceiro para serem felizes, priorizando seu próprio bem-estar.

A naturóloga Renata Romano, que está há um ano em celibato, também relata uma melhora significativa em sua qualidade de vida desde que se afastou de relacionamentos. Ela enfatiza a importância de se amar e priorizar a própria paz interior, escolhendo a solidão em vez de um relacionamento que não acrescente nada positivo.

Em suma, o celibato feminino surge como uma poderosa ferramenta de autoconhecimento, empoderamento e valorização pessoal, permitindo que as mulheres se reconectem consigo mesmas e priorizem seu próprio bem-estar acima de tudo.”

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