Uma mãe foi presa em flagrante, neste domingo (30), suspeita de vender a própria filha, de apenas 27 dias de vida, em Goiânia. A Polícia Civil de Goiás (PC-GO) tomou conhecimento do caso após receber uma denúncia anônima, que indicava que a recém-nascida havia sido entregue a uma empresária poucas horas antes da intervenção policial.
De acordo com o delegado Humberto Teófilo, a compradora é dona de uma sorveteria e teria contado com o auxílio do companheiro e de uma funcionária para realizar a transação. Todos os envolvidos foram detidos e responderão pelo crime de tráfico de pessoas.
A investigação revelou que a mãe da criança estava enfrentando depressão pós-parto e morava com um homem que não é o pai biológico da bebê. Segundo as autoridades, o companheiro dela teria registrado a recém-nascida como se fosse sua filha e intermediado a venda. O casal teria negociado a criança em troca de dinheiro, que seria utilizado para o pagamento de aluguel e de um curso de culinária para a mãe.
A mãe e o companheiro, que confessaram o crime após a prisão, são oriundos do Maranhão e estavam residindo temporariamente em Goiânia. A Polícia Civil segue apurando o caso para identificar outros possíveis envolvidos e entender melhor as circunstâncias da transação ilegal.
Após ser resgatada, a bebê foi encaminhada ao Conselho Tutelar de Goiânia, que a direcionou para um abrigo provisório. A assistência social está acompanhando o caso e irá definir o futuro da criança.
O crime de tráfico de pessoas é previsto no artigo 149-A do Código Penal Brasileiro, com pena que pode variar de quatro a oito anos de reclusão. A Polícia Civil alerta para a importância de denúncias anônimas, que podem ser feitas pelo Disque 100 ou diretamente nas delegacias especializadas.
FONTE: Redação
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