Orientar e prevenir. Esse é o objetivo da Prefeitura de Anápolis em promover o Julho Amarelo, mês escolhido pelo Ministério da Saúde para luta e prevenção das hepatites virais. Por isso, o programa de IST/AIDS/Hepatites Virais intensifica as ações e promove atividades em diversos pontos da cidade para alcançar um maior número de pessoas. (Confira a programação abaixo).
A unidade de saúde Dr. Ilion Fleury, no Bairro Jundiaí, é onde funciona o programa de IST/AIDS/Hepatites Virais em Anápolis. Atualmente, existem 500 pacientes que são acompanhados rotineiramente por uma equipe multidisciplinar composta por médicos infectologista e hepatologista, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos, dentistas e técnicos de enfermagem.
O atendimento pode ser feito por sintomas relacionados à doença ou por encaminhamento. “Toda pessoa que tiver algum sintoma ou passar por situações de risco como, por exemplo, acidentes, violência física, pode procurar a unidade”, informa a coordenadora do programa Sabrina Marçal. Ela acrescenta que, inclusive, pacientes transplantados são atendidos no local.
Orientação
O Julho Amarelo é um mês de mobilização, mas isso não significa que a prevenção à doença deva ser menor nos demais meses do ano, muito pelo contrário, a cada dia deve-se aumentar a atenção porque as hepatites virais são as principais causas de câncer no fígado. De acordo com o Ministério da Saúde, três milhões de brasileiros estão infectados pela hepatite C, mas não sabem que têm o vírus. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 3% da população mundial, seja portadora de hepatite C crônica.
A falta do conhecimento da existência da doença é o grande desafio, por isso a recomendação é que todas as pessoas com mais de 45 anos de idade façam o teste gratuitamente em qualquer posto de saúde e, no caso positivo, façam o tratamento que está disponível na rede pública de saúde.
Hepatite C
Pelo grau de gravidade, a hepatite C merece uma atenção especial. Ao contrário dos demais vírus que causam hepatite, o vírus da hepatite C não gera uma resposta imunológica adequada no organismo, o que faz com que a infecção aguda seja menos sintomática, mas também com que a maioria das pessoas que se infectam se tornem portadores de hepatite crônica, com suas consequências a longo prazo.
Hepatite C é a inflamação do fígado causada pela infecção pelo vírus da hepatite C (VHC ou HCV), transmitido através do contato com sangue contaminado. Essa inflamação ocorre na maioria das pessoas que adquire o vírus e, dependendo da intensidade e tempo de duração, pode levar a cirrose e câncer do fígado.
Tipos
Cinco são os tipos mais comuns de hepatites virais (A, B, C, D e E) e no caso a hepatite B, já há vacina disponível nos postos de saúde para pessoas de até 50 anos de idade. Além destes tipos são registrados ainda dois outros: o F que apesar de estudos recentes não terem configurado sua existência, sendo portanto descartado, mas não eliminado da literatura médica, e o tipo G.
– Hepatite A, que tem o maior número de casos, está diretamente relacionada às condições de saneamento básico e de higiene. É uma infecção leve e cura sozinha. Existe vacina.
– Hepatite B, o segundo tipo com maior incidência, atinge maior proporção de transmissão por via sexual e contato sanguíneo. A melhor forma de prevenção para a hepatite B é a vacina, associada ao uso do preservativo.
– Hepatite C, tem como principal forma de transmissão o contato com sangue. É considerada a maior epidemia da humanidade hoje, cinco vezes superior à AIDS/HIV. A hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado. Não tem vacina. A doença pode causar cirrose, câncer de fígado e morte.
– Hepatite D, causada pelo vírus da hepatite D (VHD) ocorre apenas em pacientes infectados pelo vírus da hepatite B. A vacinação contra a hepatite B também protege de uma infecção com a hepatite D.
– Hepatite E, causada pelo vírus da hepatite E (VHE) e transmitida por via digestiva (transmissão fecal-oral), provocando grandes epidemias em certas regiões. A hepatite E não se torna crônica, porém, mulheres grávidas que foram infectadas pelo vírus da hepatite E podem apresentar formas mais graves da doença.
– Hepatite F, relatos recentes demonstram que não se confirmou a identificação do vírus da hepatite F (VHF), portanto este tipo de hepatite, segundo a Organização Mundial de Saúde pode ser desconsiderado.
– Hepatite G, o vírus da hepatite G (VHG), também conhecido como GBV-C é transmitido através do sangue, sendo comum entre usuários de drogas endovenosas e receptores de transfusões. O vírus G também pode ser transmitido durante a gravidez e por via sexual. É frequentemente encontrado em co-infecção com outros vírus, como o da hepatite C (VHC), da hepatite B (VHB) e da Aids (HIV).
Programação:
03/07 (Terça-feira)
Testagem, aconselhamento e distribuição de materiais no Centro de Convivência de Idosos (CCI)
Horário: 13h às 17h.
Local: CCI
09/07 (segunda-feira)
Testagem, aconselhamento e distribuição de materiais no Terminal Urbano
Horário: 8h às 16h
Local: Terminal Urbano, Praça Americano do Brasil.
10/07 (terça-feira)
Testagem, aconselhamento e distribuição de materiais no Hospital-Dia do Idoso
Horário: 8h às 16h
Local: Hospital-Dia do Idoso
11/07 (quarta-feira)
Palestra, testagem, aconselhamento e distribuição de materiais na Empresa Atacadão
Horário: 15h
Local: Atacadão
20/07 (sexta-feira)
Dia de Conscientização contra as Hepatites Virais
Horário: 8h às 12h
Local: Auditório do Senac
Palestrante: Coordenador Estadual das Hepatites Virais, Dr. Thiago Guida de Menezes
03/08 (sexta-feira)
Treinamento técnico sobre prevenção e tratamento das hepatites virais
Horário: 8h às 10h
Local: Auditório da Secretaria Municipal de Saúde