Na última sexta-feira, o Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN), uma organização da sociedade civil, lançou o portal Cerrado Vivo, que reúne informações sobre o segundo maior bioma do país, atrás apenas da Amazônia, e um dos que seguem mais ameaçados no planeta.
Conhecido também como a savana brasileira, ou floresta invertida, por causa das raízes profundas, o nosso cerrado é composto principalmente por árvores baixas, arbustos espaçados e gramíneas.
Presente em Goiás, Minas Gerais, no Mato Grosso, na Bahia, no Mato Grosso do Sul, no Tocantins, no Distrito Federal, na Bahia, no Maranhão e no Piauí. Nosso bioma abrange 204 milhões de hectares (cerca de 2 milhões de quilômetros quadrados). Isso significa, quase um quarto de toda a extensão territorial do Brasil. Tá aí o porquê do segundo maior bioma.
Para se ter uma ideia, só nossa flora possui mais de 12,3 mil espécies de plantas, sendo 4,4 mil endêmicas, ou seja, exclusivas dessa região. É o caso do pequi, pau-terra, barbatimão, capim dourado, arnica do cerrado e da canela-de-ema.
Enquanto isso, a fauna abriga cerca de 30% de toda a diversidade brasileira. São mais de 850 espécies de aves, 251 de mamíferos, 800 de peixes, 820 de abelhas, mais de 1 mil espécies de borboletas, 300 de formigas, 10 de mariposas, 158 espécies de serpentes e 209 de anfíbios.
Além da biodiversidade, nosso cerrado abriga diversos povos e comunidades tradicionais, que incluem quilombolas, indígenas, agricultores familiares, com uma rica tradição de convivência sustentável com a natureza.
Depois de toda essa exposição, fica claro o porquê da necessidade da plataforma Cerrado Vivo. O ISPN explicou que o site pretende ser fonte de apresentação do bioma para as pessoas que ainda não conhecem suas riquezas e ainda tem uma versão em inglês para contemplar o público estrangeiro.
E a plataforma não para por aí, o acervo de fotos é o seu grande diferencial. O portal conta também com infográficos, elaborados para explicar características botânicas, a fauna, as comunidades tradicionais, estoque de carbono e as principais ameaças.
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