O horário de verão, que termina à meia-noite de hoje, resultou na economia de 0,5% de energia em Goiás. O valor corresponde a 25 mil Megawatt-hora (MWh), ou o consumo mensal da cidade de Luziânia, de acordo com análises da Celg Distribuição (Celg D). O resultado é superior ao do ano passado, quando a redução da demanda foi de 0,2% e representou 8 mil MWh.
Segundo a Celg D, o período em que os relógios ficaram atrasados em uma hora resultou em consumo menor também no horário de ponta do sistema, entre 18 e 21 horas, principal objetivo do horário de verão. No Estado, a redução foi de 4,5%, ou 100 MW – valor que corresponde à demanda de pico de Catalão. No horário de verão que terminou em 2014, a economia foi de 3%.
Maior Economia
O engenheiro da Assessoria de Comercialização de Energia da Celg D, Sérgio dos Santos Júnior, explica que a economia foi um pouco maior do que o registrado no ano passado porque o período em que a medida ficou em vigor foi maior, foram 126 dias ante 119, ou seja, durou uma semana a mais. “O resultado ficou dentro do esperado, mas com um alívio significativo já que a demanda de carga cresceu bastante no horário de pico.”
Caso não tivesse o horário de verão, ele defende que haveria problemas, já que a intenção é diminuir o carregamento do sistema, dar maior flexibilidade no controle de tensão em condições normais de operação, com reflexo na segurança elétrica em situações de emergência. Além disso, possibilita flexibilidade na execução de serviços de manutenção em geração, transmissão, além da redução de geração térmica de energia.
“Ao aliviar a demanda, principalmente no horário de pico, estamos menos sujeitos a problemas como desligamentos. As linhas ficam menos carregadas e isso ajuda na operação como um todo”, conclui. A média de economia, nos últimos anos, segundo o engenheiro, varia de 3% a 4% e no consumo como um todo de 0,2% a 0,5%. O horário de verão está em vigor nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste desde 19 de outubro e termina neste domingo.
No País
O Ministério de Minas e Energia estima uma economia de energia de 4,5% nas horas mais influenciadas pela mudança nos relógios das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, entre 18h e 21h. Considerando todo o consumo dessas regiões desde 19 de outubro, a economia foi de 0,5%.
Conforme o Ministério, o horário diferenciado também ajudou a poupar os reservatórios das usinas hidrelétricas.
Fonte: O Popular