A demência frontotemporal (DFT) é um subtipo raro da doença que afeta os lobos frontal e temporal do cérebro, comprometendo personalidade, comportamento e linguagem. Diferente de outras formas de demência, seus primeiros sinais nem sempre incluem perda de memória, mas sim mudanças no comportamento, incluindo alterações nos hábitos alimentares.
Comportamento alimentar e demência frontotemporal
Estudos indicam que pessoas com DFT podem desenvolver comportamentos alimentares obsessivos e incomuns. Segundo um artigo sobre o tema da Escola Internacional de Estudos Avançados (SISSA), isso inclui:
Hiperfagia: aumento excessivo do apetite e consumo exagerado de alimentos;
Fixação em um tipo de alimento: recusa em comer qualquer coisa além de um único alimento. Por exemplo, uma paciente documentada só comia bananas e bebia leite durante meses;
Ingestão de objetos não alimentares: casos relatam indivíduos que comem itens inadequados, confundindo-os com comida;
Roubo de comida: pegar alimentos do prato de outras pessoas sem perceber o comportamento inadequado.
O que causa essas mudanças alimentares?
Os cientistas ainda investigam as O hábito alimentar que pode ser sinal de um tipo de demência exatas dessas alterações. No entanto, acredita-se que envolvam:
Disfunção do sistema nervoso autônomo, que altera a percepção da fome e saciedade;
Danos ao hipotálamo, levando à perda de controle inibitório sobre a alimentação;
Deficiências cognitivas e sensoriais, dificultando o reconhecimento de objetos e sua função adequada.
O reconhecimento precoce desses padrões alimentares incomuns pode ser fundamental para o diagnóstico antecipado da DFT. Médicos e familiares devem estar atentos a mudanças bruscas no comportamento alimentar, pois podem ser um sinal de alerta para condições neurológicas graves.
Embora não haja cura para a DFT, o tratamento adequado pode ajudar a melhorar a qualidade de vida do paciente. Se você ou alguém que conhece está apresentando alterações extremas nos hábitos alimentares, consulte um profissional de saúde para avaliação.
FONTE: Catraca Livre
Leia também: Casais que bebem juntos têm relações mais longas, aponta estudo