Gringos estão de olho em caças da Base Aérea

Essa potência está à venda por US$ 2,5 milhões

Imagina você com uma máquina capaz de ultrapassar a velocidade do som, ou fazer mais de 2.400 km/h. Essa potência está à venda por US$ 2,5 milhões, um preço próximo ao dos carrões Bugatti, Koenigsegg e Pagani, porém você vai precisar de uma pista de pouso, já que se trata do caça Mirage 2000, aquele da Base Aérea de Anápolis.

 

A Base, a 59 quilômetros de Goiânia, já recebeu a visita de duas empresas estrangeiras para verificação e avaliação dos oito caças tipo Mirage 2000 que estão a venda pela Força Aérea Brasileira (FAB). Uma das empresas presentes seria a francesa Dassault Aviation, fabricante do modelo. No próximo dia 18, em Londres (Inglaterra), serão abertos os envelopes das propostas de aquisição das aeronaves. Até um dia antes ainda é permitido que os interessados visitem a Base Aérea e verifiquem os objetos a venda. Além das aeronaves, há também licitação para a venda das peças extras adquiridas desde 2005.

 

Segundo informações de militares da Base Aérea, ainda há tempo de que outros interessados estejam no local, especialmente se o interesse for de outros países, já que a negociação pode estar sendo feita via Ministério da Defesa ou de Relações Exteriores, mas não houve qualquer contato com a base até então. Como as aeronaves estão aposentadas desde dezembro de 2013, os compradores teriam apenas três motivos para a aquisição: usar as peças, revitalizar ou deixar em museus.

 

O professor de Direito Aeronáutico, Georges Ferreira afirma que, normalmente, esta frota restante é usada em museus militares ou áreas da própria FAB. A licitação permite que qualquer pessoa física ou jurídica adquira o lote de aeronaves e peças, desde que se obtenha a liberação do governo francês e nenhuma restrição em contratar com o Brasil. A França exigiu essa cláusula quando da venda das aeronaves ao governo brasileiro, de modo que pudesse impedir que as armas fossem compradas posteriormente por algum país inimigo.

 

Ferreira explica, no entanto, que essas operações, normalmente, são feitas entre países. “Outras nações ainda utilizam os Mirage, como o Peru, Egito, Argélia e Marrocos. Esses países podem ser interessados para canibalizar as aeronaves.” O termo usado na aviação tem significado semelhante ao de desmanche dos carros, ou seja, as aeronaves seriam compradas para que se aproveitem as peças.

 

Fonte: O Popular

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