O professor Marco Antônio de Oliveira Viu, de 58 anos, morreu na noite de segunda-feira (7), após passar mais de uma semana internado em estado grave. Ele sofreu um espancamento brutal na porta de um bar em Jataí, no sudoeste de Goiás. Segundo as investigações, quatro homens participaram diretamente das agressões. O crime abalou profundamente a comunidade acadêmica da Universidade Federal de Jataí (UFJ), onde Marco atuava como docente. Diante da violência e da repercussão, alunos, colegas e entidades educacionais manifestaram pesar e indignação.
Professor foi agredido com pedra, tijolo e chutes
As agressões aconteceram na madrugada do dia 29 de junho, logo após Marco sair de um bar em Jataí. Conforme informou a Polícia Civil, câmeras de segurança registraram o momento em que um dos agressores acerta uma pedra no peito do professor. Na sequência, outro homem se aproxima e pisa com violência na cabeça de Marco, que já estava caído no chão. Após o espancamento, os quatro envolvidos entram rapidamente em um carro e deixam o local em fuga.
Equipes de resgate socorreram Marco e o levaram ao Hospital Santa Mônica, em Aparecida de Goiânia. Ele permaneceu internado em estado grave durante vários dias, recebendo cuidados intensivos. Mesmo com todos os esforços da equipe médica e o acompanhamento constante, Marco não conseguiu se recuperar e morreu no início da noite de segunda-feira (7).
Suspeitos foram presos e responderão por homicídio qualificado
O delegado Marlon Souza, que conduz a investigação, confirmou que a polícia prendeu os quatro suspeitos ainda nos dias seguintes à agressão. Inicialmente, as autoridades os enquadraram por tentativa de homicídio. No entanto, após a morte de Marco, a equipe atualizou a acusação para homicídio qualificado, acrescentando três agravantes: motivo fútil, meio cruel e impossibilidade de defesa da vítima.
Embora a motivação exata do crime ainda gere dúvidas, um dos agressores afirmou à polícia que a confusão teria começado por causa do desaparecimento de um celular. Mesmo assim, os investigadores destacam que nenhum dos suspeitos conhecia Marco antes do episódio. Portanto, a brutalidade do ataque segue sem justificativa plausível, o que reforça o caráter cruel do crime.
A pena para esse tipo de crime pode chegar a 30 anos de reclusão.
Clique aqui e siga o perfil do Viva Anápolis no Instagram
Comunidade acadêmica lamenta a perda do professor
Marco Antônio atuava como professor no curso de Medicina Veterinária da UFJ e conquistava, dia após dia, o respeito de alunos e colegas. Após a confirmação da morte, centenas de mensagens tomaram conta das redes sociais. Tanto estudantes quanto amigos e profissionais da universidade expressaram luto e prestaram homenagens emocionadas. Dessa forma, o sentimento de perda ganhou força não apenas no meio acadêmico, mas também em toda a comunidade de Jataí.
A Universidade Federal de Jataí decretou luto oficial por três dias, suspendendo todas as atividades administrativas e acadêmicas não essenciais. Em nota oficial, a instituição escreveu:
“Que sua trajetória inspire reflexão sobre a valorização da vida e o combate à violência em nossa sociedade.”
O Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg-Sindicato) também se manifestou publicamente:
“O professor Marco Antônio foi mais uma vítima da violência que insiste em ceifar vidas e abalar famílias, comunidades e instituições. Sua partida representa uma perda irreparável para a UFJ e para toda a comunidade acadêmica, que hoje chora a morte de um educador comprometido com o ensino público, gratuito e de qualidade.”
Fonte: Redação
Leia também: Jovem tenta matar bebê após dar à luz em banheiro de shopping
