Uma tragédia abalou profundamente os moradores do Residencial Monte Pascoal, em Goiânia, nesta terça-feira (21). Uma bebê de apenas 1 ano e 6 meses morreu dentro de casa, onde vivia com a mãe, de 21 anos, e o padrasto, de 25. A Polícia Civil abriu investigação por homicídio qualificado, pois o corpo mostrava sinais evidentes de agressões e queimaduras, possivelmente provocadas por cigarro.
Tia descobre o crime e aciona a polícia
A denúncia começou quando a tia da criança recebeu uma ligação da mãe pedindo ajuda. Em seguida, ela correu até a casa e percebeu, logo ao chegar, que a bebê não se movia nem respirava. Diante do desespero, ela acionou imediatamente a Polícia Militar, que isolou o local e deu início à investigação.
Corpo apresentava sinais de violência constante
O delegado Álvares Lins, que conduz o caso, observou diversos ferimentos pelo corpo da menina. Ela tinha hematomas no olho direito, na boca, sangramento no ouvido e várias marcas antigas de agressão. Além disso, o corpo mostrava cicatrizes e queimaduras parecidas com marcas de cigarro, inclusive na barriga e na região íntima. Esses elementos, portanto, reforçam a suspeita de maus-tratos prolongados.
O delegado relatou que viu pessoalmente as queimaduras e afirmou que tudo indica o uso de cigarro para causar dor. Ele destacou ainda que a bebê vinha sofrendo agressões há bastante tempo, o que demonstra um padrão de violência dentro da casa.
Contradições aumentaram as suspeitas
Durante os depoimentos, a mãe e o padrasto tentaram justificar o ocorrido. Eles disseram que a menina passou mal durante a noite e que a levaram a um hospital. No entanto, a unidade de saúde negou qualquer atendimento, o que fez os policiais desconfiarem imediatamente da versão apresentada.
Depois da contradição, o casal começou a se acusar mutuamente. Essa troca de acusações aumentou a suspeita de que ambos tinham envolvimento direto no crime. A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA) assumiu o caso e segue ouvindo testemunhas para esclarecer os fatos.
Polícia acredita em morte por traumatismo craniano
Embora o laudo do Instituto Médico Legal ainda esteja em elaboração, os investigadores acreditam que a bebê morreu por traumatismo craniano. A equipe médica encontrou fortes indícios de pancadas na cabeça e lesões internas compatíveis com esse tipo de ferimento. Essa hipótese se fortalece a cada nova perícia realizada.
Mãe e padrasto continuam presos preventivamente
Os policiais prenderam a mãe e o padrasto ainda no mesmo dia. Ambos permanecem à disposição da Justiça enquanto as investigações seguem em andamento. A equipe da Polícia Civil trabalha para reunir provas e esclarecer todos os detalhes do caso. Até o momento, os advogados de defesa ainda não se manifestaram sobre as acusações.
Fonte: Redação
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