A água quente que brota do chão de Caldas Novas e de Rio Quente intriga turistas há muito tempo e deu origem a uma das lendas mais famosas da região: é verdade que existe um vulcão escondido entre as serras do Parque Estadual de Caldas Novas (Pescan)?
Embora essa lenda tenha sido importante para levar um volume cada vez maior de visitantes ao Pescan, uma das 24 unidades de conservação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o fato é que o vulcão não existe.
A própria Semad esclareceu o assunto em suas redes sociais no último dia 25 de setembro, data em que o parque celebrou 54 anos de existência.
“O que existe é um sistema alimentado pela água da chuva, que cai nas porções altas e aplainadas do parque, infiltra pelas rochas e torna-se termal pelo contato e pelo gradiente geotérmico das rochas”, explica a Semad. “Depois de aquecida, a água volta para a superfície em razão da diferença de pressão”.
Sobre o Pescan
O Parque da Serra de Caldas Novas foi criado no dia 25 de setembro de 1970. Alcança o território dos municípios de Caldas e de Rio Quente. Ao redor dele, existe uma zona de amortecimento estabelecida por lei que regulamenta a presença humana, de modo a evitar certos tipos de uso do solo que poderiam comprometer o parque.
O Pescan tem pouco mais de 12 mil hectares e abriga projetos científicos importantes, a exemplo do ‘Suçuaranas no Quintal’, que investiga hábitos de onças e outros mamíferos de grande porte na região.
De acordo com a Semad, o Pescan e os demais parques estaduais sediam pelo menos 55 pesquisas científicas como essa.
FONTE: Mais Goiás
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