A semana desta segunda-feira (31/5) começou de calor e sem chuvas, garante André Amorim. Apesar do aumento de temperatura, a máxima de 32 ºC não deve demorar a passar e o Estado voltar a esfriar nos próximos dias.
A maior preocupação da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), no entanto, não é a flutuação da temperatura, mas a falta de chuvas anunciada na última sexta-feira (18) pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo o alerta emitido pelo órgão, a região da bacia hidrográfica do Paraná, da qual Goiás faz parte, entra em alerta de emergência entre os meses de junho e setembro. Mesmo com o aviso recente do governo federal, André Amorim garante que o Estado já havia previsto a situação e se mantém em alerta, em especial com a baixa do nível do Rio Meia Ponte.
De acordo com ele, o afluxo registra vazão de 9.500 litros por segundo, uma diminuição de 20%, mantendo-se em situação de alerta. “Ao longo de vários anos abaixo da climatologia, ou seja, pouca chuva ou muita de uma só vez, ficamos em um cenário mais delicado.
Já fizemos o alerta na parte hídrica e agora estamos em fase de enfrentamento”, informou o gerente do Cimehgo. Goiás sofre com chuvas irregulares desde 2015. André ressalta ainda que houve um aumento de 89% nas queimadas dentro do Estado em relação ao mesmo período do ano passado.
Além dos incêndios e da baixa umidade do ar, a seca deve refletir também na conta de energia. A vazão pode exigir o uso de termelétricas, abastecidas por diesel, que têm custo operacional mais alto do que as hidrelétricas. “Estamos na vanguarda da situação. Já nos preparamos e o alerta já havia sido colocado sobre as chuvas abaixo da média. O alerta nacional apenas reforça o trabalho que já estamos realizando”, diz o meteorologista.
“Também estamos compondo um grupo técnico com outros estados para deliberações futuras.” “É uma guerra silenciosa. Não temos controle, mas ficamos monitorando e observando para informar a população. Para enfrentar o cenário, será necessário o apoio de todos”, finaliza.
Fonte: A Redação
