O Governo de Goiás assinou um pacto para zerar o desmatamento ilegal em todo território goiano até 2030. A iniciativa inédita no país foi realizada conjuntamente com entes públicos, privados, produtores, entidades do agronegócio, bem como representantes da economia mineral e industrial.
O termo prevê ações que concentram esforços de todos os setores com o objetivo de evitar a destruição de áreas verdes e nativas. Subscreveram o documento 63 entidades, entre sindicatos, associações, federações e cooperativas.
“Essa parceria será construída com todos aqueles que verdadeiramente representam os produtores rurais”, assegurou o governador Ronaldo Caiado.
Também foi anunciada a convocação de 98 novos técnicos e analistas ambientais, aprovados em concurso, para Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
DESMATAMENTO
O pacto prevê a redução gradativa do desmatamento no estado, que em 2022 foi de 63 mil hectares. Até 2025 a previsão é reduzir em 25% as atividades ilegais que prejudicam o meio ambiente, com a expectativa de zerar este número em 2030.
Para isso, dentre as estratégias que serão adotadas pela Semad estão:
- Fortalecer a fiscalização ambiental
- Agilizar as autorizações de licenças ambientais
- Valorizar a vegetação natural com a implantação do mercado de carbono
- Fortalecer as cadeias de produtos oriundos de áreas conservadas
- Promover a recuperação de áreas degradadas
- Implantar programas de compensação e reposição florestal e compensação por danos
Caiado afirma que a ação tem o objetivo de mostrar que é possível cumprir a lei, respeitando o Código Florestal, ao mesmo tempo em que se promove o desenvolvimento de Goiás e do país.
“Não faremos concessões. Ou seja, tem de ter a entrada junto à Semad, que inovou e criou uma plataforma com acesso facilitado. Autorizamos no que é possível. O que não podemos admitir é o descumprimento da norma legal”, frisou o governador.
O chefe do Executivo ainda completou: “Goiás vai reforçar que prezamos aquilo que foi aprovado no Congresso Nacional, que é o Código Florestal. Não daremos guarida a quem quer que seja no descumprimento da lei”.